Melinda Gates vai doar US$ 1 bilhão para instituições de defesa do direito da mulher

Um fundo de US$ 240 milhões será disponibilizado para um grupo de 12 pessoas nas quais Melinda confia para gastarem como quiserem, sendo US$ 20 milhões para cada

Por Estadão


audima
Melinda French Gates — Foto: DFID - UK Department for International Development, CC BY-SA 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0>, via Wikimedia Commons

Após renunciar à cadeira de copresidente da Fundação Bill & Melinda Gates, Melinda French Gates anunciou novos projetos de filantropia direcionados a direitos femininos. Melinda fez o anúncio em um artigo publicado no jornal americano New York Times, informando que as novas ações investirão US$ 1 bilhão ao longo de 2 anos, por meio da fundação Pivotal, fundada em 2015 por Melinda para acelerar ações sociais.

No artigo, Melinda explicou que financiará projetos para o desenvolvimento dos direitos das mulheres e das suas famílias ao redor do mundo. Segundo ela, os últimos anos trouxeram um regresso nos direitos femininos, como a volta do Taleban ao Afeganistão. "No momento em que a agenda global se enche, as mulheres e garotas perdem espaço", escreveu.

A bilionária também dedicará US$ 200 milhões a luta por direitos reprodutivos nos Estados Unidos, principalmente a luta pelo aborto legal, que também viu regressos nos últimos anos. Mais de 10 estados americanos aumentaram suas proibições desde a decisão do Supremo Tribunal que mudou a regra e retirou o direito ao aborto em junho de 2022.

Melinda French Gates anunciou que já começou a direcionar fundos para algumas instituições que admira. Ela anunciou algumas: National Womens Law Center, the National Domestic Workers Alliance and the Center for Reproductive Rights. A proposta é que financiando essas e outras instituições elas possam deixar de apenas defender os direitos e possam atacar as ameaças.

Um fundo de US$ 240 milhões será disponibilizado para um grupo de 12 pessoas nas quais Melinda confia para gastarem como quiserem, sendo US$ 20 milhões para cada. Nomes como primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, a atleta e defensora da saúde materna Allyson Felix, e a educadora afegã Shabana Basij-Rasikh.

Outros US$ 250 milhões serão disponibilizados através de uma chamada pública que será anunciada no segundo semestre. Instituições que trabalham para melhorar a saúde física e mental feminina ao redor do mundo poderão ser elegíveis para o financiamento.

Melinda deixará a Fundação Bill & Melinda Gates oficialmente no próximo dia 7 de junho, após ser copresidente por mais de 20 anos. No acordo de divórcio com Bill Gates, ela teve acesso a mais US$ 12,5 bilhões para seus projetos filantrópicos. Depois de 27 anos de casados, o casal se divorciou em meio a acusações de vínculo entre Bill Gates e Jeffrey Epstein.

Mais recente Próxima Tragédias climáticas: 94% das cidades brasileiras pecam na prevenção

Leia mais