Alessandro Zema, presidente do banco Morgan Stanley no Brasil, diz que sua relação com as práticas de diversidade começou ainda na infância: "As oportunidades proporcionadas para mim e para a minha irmã sempre foram as mesmas. Essa referência de equidade na educação vem de casa. Eu e minha esposa tentamos fazer o mesmo com os nossos filhos", relata o executivo em entrevista ao podcast Homens da Nossa Época.
No ambiente corporativo, a caminhada é um pouco mais árdua -- e exige aprendizado. "Quando penso na minha jornada de diversidade e inclusão, a primeira coisa que me vem à cabeça é que eu demorei um tempo para reconhecer meus privilégios. Sou um homem branco e heterossexual. Apesar de ter enfrentado obstáculos na vida como qualquer outra pessoa, os meus certamente foram menores do que os de outros que não têm essa posição privilegiada", diz.
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O executivo reforça que as lideranças precisam estar atentas às questões de raça e gênero para que os programas de diversidade nas empresas sejam realmente efetivos. Ele conta como o Morgan Stanley resolveu as dificuldades que vinha encontrando para atrair talentos negros.
"Nossos formulários de aplicação eram em inglês, o que já barrava a entrada de excelentes talentos. Mudamos nossos formulários para português, conversamos com associações de estudantes negros nas universidades e continuamos aprendendo. Nosso programa de estágio passou de menos de 0,5% de pessoas pretas que se incresviam para 23% em apenas um ano", relata.
Alessandro Zema é um dos convidados da série de podcasts “Homens da Nossa Época”, que traz entrevistas com executivos de diferentes indústrias, realizadas por Silvia Fazio, presidente da WILL (Women in Leadership in Latin America). O projeto editorial é uma parceria entre Época NEGÓCIOS e WILL.
Confira abaixo a entrevista completa: