Quer chegar aos 100 de vida? Então não fume, pratique exercícios e tenha uma alimentação variada. Segundo pesquisadores da Universidade Fudan, da China, essa combinação está associada a uma maior chance de se tornar um centenário.
Os especialistas utilizaram dados de um estudo que coletou informações sobre pessoas com 80 anos ou mais de toda a China entre 1998 e 2018, e compararam o estilo de vida de 1.454 que completaram 100 anos e 3.768 que morreram antes disso.
Os pesquisadores analisaram se as pessoas fumavam, bebiam álcool ou faziam exercícios, bem como sua dieta e índice de massa corporal. A descoberta foi que indivíduos com dietas mais diversas, que consumiam frequentemente frutas, vegetais, peixe, grãos e chá, tinham 23% mais probabilidade de atingir os 100 anos do que os com dietas menos variadas.
Além disso, os que se exercitavam tinham 31% mais probabilidade de viver 10 décadas do que aqueles que nunca haviam se exercitado, e os que nunca fumaram tinham 25% mais probabilidade.
Os pesquisadores também constataram que as pessoas que tinham esses hábitos tinham 54% mais probabilidade de serem saudáveis após completarem 100 anos.
Peso e consumo de álcool
Pelo estudo, o peso e o consumo de álcool parecem não afetar a longevidade. Segundo a equipe responsável, tomar bebida alcóolica de forma moderada não está ligado a piora da saúde e, em idades avançadas, um IMC (índice de massa corporal) mais baixo dentro da faixa saudável era é necessariamente melhor, pois pode ser um marcador de desnutrição.
Claire Steves, professora de envelhecimento e saúde do Kings College London que não esteve envolvida no estudo, disse ao Business Insider que isso não significa que o consumo de álcool e o IMC não sejam fatores importantes para a longevidade. Significa apenas que eles não são estatisticamente representativos neste estudo específico.
No caso do peso, por exemplo, isto pode estar relacionado ao fato de o estudo ter sido realizado numa população chinesa, que tende a ter IMC geralmente normal/baixo, apontou Steves. E ela salientou que nenhuma quantidade de álcool é segura para a saúde.