Ranking Great Place to Work revela as melhores empresas para trabalhar no Brasil

A lista das 150 vencedoras será apresentada nesta segunda-feira (17), em cerimônia de premiação em São Paulo

Por Louise Bragado


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Cerimônia de premiação do ranking de Melhores Empresas para Trabalhar, do Great Place to Work, em 2018 (Foto: Alexandre DiPaula e Hernandes/Divulgação) — Foto: Epoca Negocios

Nos últimos dois anos, as empresas tiveram que repensar sua cultura. O isolamento social provocado pela pandemia de covid-19 e a necessidade de acelerar processos de inovação levaram as lideranças a transformarem seus modelos de gestão. Sobretudo, a saúde mental dos colaboradores entrou na pauta não só dos times de recursos humanos, mas dos executivos, dos CEOs e dos conselhos. Nesse cenário de mudanças, o Great Place to Work (GPTW) premia nesta segunda-feira (17) as 150 melhores empresas para trabalhar no Brasil, trazendo também a temática da saúde mental nas organizações.

A 26ª edição do ranking retorna em formato presencial, em cerimônia de premiação que ocorre a partir das 19h no Espaço Unimed, em São Paulo, com expectativa de reunir mais de 1,5 mil pessoas, segundo o presidente do Great Place to Work, Ruy Shiozawa.

"A expectativa é de uma grande festa. Além de recorde de público, teremos mais de 20 mil pessoas conectadas assistindo à premiação. Ter a volta ao presencial e poder alcançar mais pessoas no virtual nos mostra um grande avanço e um enorme aprendizado que veio com a pandemia. Sem dúvida, voltar ao presencial é algo muito importante quando falamos de uma premiação dessa natureza. Afinal, estamos reconhecendo os melhores ambientes de trabalho. Calor humano, contato, gente faz diferença", afirma Shiozawa.

Nesta edição, a consultoria também divulga o “Destaque Saúde Emocional” que irá premiar 15 empresas que se sobressaíram pelos índices relacionados à saúde e ao bem-estar de seus líderes e colaboradores. Em parceria com a startup Jungle, foram avaliados mais de 8 milhões de comentários dos funcionários das melhores empresas e, por meio de inteligência artificial, extraídos dados relevantes sobre o cuidado com a saúde mental dentro das empresas.

"Esse é um tema que veio para ficar – felizmente. Se, no passado recente, havia um tabu em torno desse assunto, hoje percebemos uma atitude diferente dos líderes: eles buscam entender mais, conhecer melhor e saber como podem agir da melhor forma. Para ser uma boa empresa para trabalhar, precisamos de pessoas saudáveis. A relação aqui é direta e percebemos que os líderes começaram a entender isso", observa.

Relações de confiança

Outro ponto de atenção nas companhias premiadas é a relevância da diversidade para compor os times e ocupar os cargos de liderança. Na visão de Shiozawa, também cresceu a preocupação no desenvolvimento dos líderes, principal elo entre empresa e colaborador e principal responsável pelo engajamento dos profissionais.

"Desenvolver e nutrir relações de confiança entre as pessoas nunca foi tão importante como agora, em que há times híbridos e remotos trabalhando. Somente uma gestão pautada na confiança permite maior autonomia e liberdade para trabalhar, elementos fundamentais hoje na atração e na permanência de talentos", conclui.

Ruy Shiozawa, presidente do Great Place to Work (GPTW) (Foto: Felipe Ribeiro) — Foto: Epoca Negocios

A escolha das empresas foi feita com base numa ferramenta exclusiva desenvolvida pela Jungle, startup de saúde mental, parceira do GPTW e que faz parte do ecossistema Great People. A avaliação das premiadas contou também com a análise da The Turing, outra empresa Great People, além de grupos de pesquisa dos Estados Unidos e do Canadá.

Ao todo serão 150 empresas reconhecidas como as Melhores para Trabalhar em 2022, em quatro categorias:

- 10 empresas com 10 mil ou mais funcionários;
- 70 empresas com 1.000 a 9.999 funcionários;
- 35 empresas médias nacionais (100 a 999 funcionários)
- 35 empresas médias multinacionais (100 a 999 funcionários)

Sobre o ranking

O ranking nacional das 150 melhores empresas é estruturado em critérios e métricas rigorosas e transparentes em duas etapas: quantitativa (é necessário que a empresa atinja a amostra mínima de funcionários e que obtenha uma nota igual ou superior a 70%) e práticas culturais. Uma vez atingidas as condições da primeira etapa, a empresa passa para a segunda fase, de avaliação das práticas.

Para concorrer ao Ranking Nacional, o mais antigo dessa natureza no mundo, as empresas devem ser certificadas com o selo GPTW. Neste ano participaram do processo quase 4 mil empresas. O levantamento é realizado em parceria com Época NEGÓCIOS e Editora Globo.

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