Futuro do trabalho

Por Estadão


Direcionar a empresa, alinhar a organização, mobilizar através dos líderes, gerenciar a própria eficácia, conectar com "stakeholders" e engajar o conselho de administração são as responsabilidades que os melhores executivos assumiram — Foto: Pexels
Direcionar a empresa, alinhar a organização, mobilizar através dos líderes, gerenciar a própria eficácia, conectar com "stakeholders" e engajar o conselho de administração são as responsabilidades que os melhores executivos assumiram — Foto: Pexels

De uma lista com 2.400 executivos que comandaram as mil maiores empresas de capital aberto do mundo nos últimos 15 anos, os sócios seniores da consultoria McKinsey Vikram Malhotra, Scott Keller e Carolyn Dewar chegaram a 67 CEOs com performance acima da média. Os CEOs foram entrevistados e, a partir daí, os consultores elencaram as seis atitudes dos melhores líderes.



Direcionar a empresa, alinhar a organização, mobilizar através dos líderes, gerenciar a própria eficácia, conectar com "stakeholders" e engajar o conselho de administração são as responsabilidades que os melhores executivos assumiram.

Os sócios, então, destrincharam o tema no livro Excelência CEO - As Seis Mentalidades que Distinguem os Melhores Líderes do Resto, best-seller ainda não lançado no País.

Ao Estadão Malhotra diz que, em um mundo incerto e de mudanças rápidas, o trabalho do CEO está cada vez mais difícil. Para lidar com isso, eles precisam focar em "fazer o que só eles são capazes". A seguir, leia trechos da entrevista.

Das seis atitudes, qual a mais difícil de se adotar?

Grandes CEOs adotam as seis, e fazem isso muito bem e o tempo todo. Mas vejo três como as mais difíceis. A primeira é direcionar a empresa para uma postura ousada, sobretudo nesse mundo tão dinâmico e cheio de desafios. A segunda é sobre os talentos: promover os melhores da empresa, recrutar os melhores de fora e tirar o máximo proveito de cada um. A última é gerenciar a própria eficácia e ter a mentalidade de fazer o que apenas você pode fazer. Quando você se torna CEO, tem tanta coisa para resolver que, se não adotar isso, é fácil ser arrastado para uma situação em que está gerenciando o negócio no dia a dia.

Até onde devem arriscar?

Os grandes CEOs assumem a responsabilidade de ser ousados, mas também avaliam riscos de forma excepcional. O que o Roberto Setubal fez no Itaú, transformar um banco pequeno em uma potência regional, demandou uma visão ousada. Mas também houve importantes avaliações de riscos ao comprar e fundir empresas, ao expandir para outros países.

Mais da metade dos executivos seniores afirma que o primeiro escalão das empresas tem baixa performance. Por que isso?

Eu perguntei aos CEOS qual o maior arrependimento deles, e 90% disseram que gostariam de ter agido antes em relação a seus talentos. Alguns haviam herdado um time com uma parte ótima e outra medíocre, mas pessoas na empresa queriam manter os medíocres, então mantiveram. Outros haviam herdado uma equipe que tinha crescido na empresa e se arrependeram de não ter recrutado mais fora da companhia. A mensagem dos CEOs é a de que é preciso mexer na equipe.

Alguns especialistas sugerem que o trabalho de CEO pode ser demais para uma só pessoa. O sr. concorda?

É verdade que o cargo está se tornando mais complicado. Um dos motivos é que as empresas estão cada vez maiores e mais complicadas. Mas não acredito que estamos na direção de que será muitíssimo trabalho para uma única pessoa. O que o CEO precisa é focar cada vez maior nas seis dimensões que descrevemos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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