Futuro do trabalho

Por Camila Pergentino


Reforma trabalhista foi proposta em Seul, capital da Coreia do Sul — Foto: Unsplash
Reforma trabalhista foi proposta em Seul, capital da Coreia do Sul — Foto: Unsplash

Enquanto o ocidente estuda reduzir a jornada de trabalho para quatro dias, mirando no aumento de produtividade, conforme apontam estudos, o governo da Coreia do Sul quer aumentar a quantidade de horas trabalhadas. A proposta de reforma trabalhista foi apresentada na semana passada em Seul, capital da Coreia do Sul, e se aprovada, acrescentará 17 horas à jornada semanal do trabalhador. Atualmente, os coreanos trabalham 52 horas semanais, após determinação de uma lei aprovada em 2018.

O Ministro do Trabalho da Coreia do Sul, Lee Jung-sik, defende o novo esquema como uma forma de melhorar os índices de natalidade do país, o mais baixa entre todos os países, pois auxiliaria na negociação de folgas. Segundo o governo, isso significa que os funcionários que precisarem tirar mais tempo na hora de almoço ou prolongar o feriado para ficar mais tempo com a família serão beneficiados. Mas será preciso acumular inúmeras horas-extras: o governo aconselha que os casais se planejem, aumentando o seu banco de horas antes de terem filhos.

“Podemos resolver sérios problemas sociais, como envelhecimento rápido e baixas taxas de natalidade, permitindo que as mulheres escolham suas horas de trabalho com mais flexibilidade”, disse o ministro do Trabalho, Lee Jung-sik, conforme relato do Financial Times .

Sindicatos e organizações não concordam com a mudança. “Isso tornará legal trabalhar das 9h à meia-noite por cinco dias seguidos”, disse a Confederação Coreana de Sindicatos em um comunicado, criticando o governo por “não se importar com a saúde e o descanso dos trabalhadores”. A Associação de Mulheres Coreanas Unidas disse em um comunicado à Reuters que “enquanto os homens trabalharão longas horas e estarão isentos de responsabilidades e direitos de cuidado, as mulheres terão que fazer todo o trabalho de cuidado”.

Se aprovada, a nova lei estabelece que os funcionários tenham pelo menos 11 horas de descanso entre os dias úteis. Mas o regime de trabalho no país costuma ser pesado: apenas 40% dos funcionários coreanos usaram todas as suas férias anuais em 2020, de acordo com uma pesquisa do governo citada pelo Financial Times. Além disso, apenas 14% dos trabalhadores no país pertencem a um sindicato, limitando sua capacidade de negociar horários mais flexíveis.

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