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Web Summit Rio — Foto: Web Summit Rio
Web Summit Rio — Foto: Web Summit Rio

Durante quatro dias, cerca de 34 mil pessoas se reuniram no Rio de Janeiro com um único propósito - discutir as principais tendências em inovação. O Web Summit Rio, maior evento de tecnologia do mundo, que aconteceu pela segunda vez na cidade carioca, reuniu as principais empresas, startups e investidores interessados em debater o futuro da transformação não só local, mas global também.

Ressalto aqui a importância da estratégia de eventos desse tipo para a economia brasileira e para o entendimento sobre como a tecnologia está remodelando a maneira como interagimos no CPF e no CNPJ. Desse encontro, ficou decidido o destino de milhares de startups que tiveram a oportunidade de se reunir cara a cara com investidores e grandes corporações. De um lado, grandes ideias de um grupo de profissionais querendo acessar capital e mudar o mundo, do outro, empresas que buscam soluções simples e personalizadas para dores específicas e mais leveza nas operações e experiências de clientes.

Nesses quatro dias, inteligência artificial, computação quântica, growth, segurança cibernética, beta e alpha, Web3, entre outras muitas trilhas deram o tom da conversa, reforçando ainda mais a potência desta pluralidade de participantes do evento para a agenda de crescimento do país. O que vimos foram exemplos de soluções que buscavam não apenas escala, mas que tinham o objetivo de resolver problemas reais e gerar impacto positivo que realmente fizesse diferença para a sociedade. Escutei algo que gostei muito em um dos palcos. Em vez de colocar o aspecto de retorno financeiro para justificar a inovação, comecemos por um motivo de impacto positivo e genuíno e usemos inovação para chegar lá. O retorno vem logo na sequência. Ocupando o mesmo espaço, grandes organizações mostraram o que já têm de casos de uso no dia a dia.

Além disso, o evento foi imprescindível para criação de oportunidades de ampliação de redes profissionais entre CEOs, empreendedores, fundadores e personalidades culturais, conexão com potenciais parceiros comerciais, o fomento de discussões importantes, além da geração de uma agenda de oportunidade gigantesca de aprendizado para todos.

A criatividade brasileira e a capacidade de empreender e intraempreender é um dos alicerces da economia brasileira que tem como principal aliado a tecnologia. O Web Summit Rio nos mostrou que a ativação de grandes eventos como esse trouxe também benefícios intangíveis para nos estimular na capacidade de perceber novamente a partir do acesso àquilo que não conhecíamos e, com isso, o país só tem a ganhar. Como somos agentes de transformação, esperamos ouvir histórias de sucesso como fruto dessas parcerias de agora já na próxima conferência que será realizada em Lisboa, em novembro deste ano. Pode parecer ou até mesmo ser clichê, mas parece que o futuro realmente chegou.

* Jubran Coelho é sócio-líder de Private Enterprise da KPMG no Brasil e América do Sul e lidera a prática de transformação de negócios na KPMG Brasil.

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