Ciência e Saúde

Por Jasmine Olga


Parte alga, parte célula vermelha do sangue, esses microrrobôs podem viajar para tumores de difícil acesso — Foto: Reprodução/Zhang et al., Sci. Adv., 2024/CC BY-NC
Parte alga, parte célula vermelha do sangue, esses microrrobôs podem viajar para tumores de difícil acesso — Foto: Reprodução/Zhang et al., Sci. Adv., 2024/CC BY-NC

Tumores malignos que chegam por meio de uma metástases ou se originaram no pulmão estão entre os maiores desafios da oncologia moderna, devido à sua resistência aos tratamentos convencionais com quimioterapia.

O órgão é o mais atacado por metástases, com ocorrência de 20% a 54% dos pacientes diagnosticados com tumores malignos apresentando sintomas. Pensando nisso, pesquisadores do Zhang Research Group, da Universidade da Califórnia, desenvolveram um tratamento inovador: microrrobôs feitos de algas e materiais sintéticos, capazes de otimizar a quimioterapia, colocando o medicamento diretamente no pulmão.

A pesquisa de biotecnologia vem sendo desenvolvida nos últimos cinco anos e foi recentemente publicada na Science.

Os microrrobôs são bio-híbridos --- feitos parcialmente de materiais sintéticos e tecido biológico de algas verdes. Segundo testes feitos em ratos, as chances de sobrevivência aumentaram em 40%, na comparação com o tratamento convencional.

Micro-algas no sangue — Foto: Reprodução
Micro-algas no sangue — Foto: Reprodução

Enquanto microrrobôs sintéticos são feitos de materiais rígidos que não conseguem acessar todos os órgãos e tecidos, além de serem potencialmente tóxicos para humanos, os feitos de microalgas podem ser inseridos utilizando uma cânula muito semelhante a um fio de cabelo.

Segundo o pesquisador Zhengxing Li, esse modelo é menos tóxico, mais fácil de produzir e pode atingir mais facilmente os pulmões.

As algas verdes microscópicas presentes no algae-NP(DOX)-robot são do tipo Chlamydomonas reinhardtii, e já são comumentemente utilizadas na indústria farmacêutica. Além de facilitar a aplicação da quimioterapia, a inovação consegue escapar das células do sistema imunológico e distribuir lentamente o remédio.

O estudo aponta que os novos microrrobôs podem carregar concentrações maiores de remédio e ficar armazenados por mais tempo nos pulmões. Após o uso, as células de defesa são capazes de destruir o material em componentes não-tóxicos.

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