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Sian Proctor, primeira mulher negra a pilotar uma espaçonave (Foto: Facebook/Reprodução)

Sian Proctor, primeira mulher negra a pilotar uma espaçonave (Foto: Facebook/Reprodução)

No ano passado, Sian Proctor fez história ao se tornar a primeira mulher negra a pilotar uma espaçonave, como parte da missão SpaceX Inspiration4. Apesar do seu sucesso, a astronauta afirma que sofreu com a síndrome do impostor a vida inteira. Em painel na Conferência de Investimento Asiático do Credit Suisse, Proctor lembrou de se sentir “devastada” quando recebeu um telefonema de rejeição da NASA em 2009. 

A astronauta, que é professora de geociência e sustentabilidade no South Mountain Community College do Arizona, disse que podia ouvir sua voz interior da síndrome do impostor dizendo: "Você não é boa o suficiente, você nunca deveria ter se candidatado. Como você vai se tornar melhor? Porque, claramente, você não é tão boa quanto poderia ser", relata ela.

Em vez de ouvir essas dúvidas, Proctor disse que decidiu reformular a rejeição em sua cabeça, analisando os aspectos positivos de passar pelo processo de seleção: “Fui mais longe do que milhares de pessoas no processo de seleção. O fato de eu ser quase uma astronauta valia a pena comemorar", lembra ela, em reportagem da CNBC.

Ela afirma que reformular essa experiência a ajudou a ir além dessa rejeição e acabou por realmente levá-la ao espaço em setembro de 2021, quando se inscreveu para o processo de seleção da SpaceX. Ainda assim, a astronauta admitiu que a síndrome do impostor não é “algo que necessariamente desaparece”.

Outra maneira de combater essas dúvidas, diz Proctor, foi pensar no que seu pai lhe diria: “Ele dizia: ‘Deixe que outra pessoa decida se você é qualificada ou não. Aproveite essa chance, vá atrás dessa oportunidade, mesmo que seja um não’.”

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