Vídeo: Eduardo Sterblitch e Louise D’Tuani abrem casa de 1,3 mil m², no Rio de Janeiro

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“Meu sogro e minha sogra são minha referência. Eles entraram e falaram: ‘É aqui’”, conta Eduardo, que seguiu, também, o conselho da bisavó no momento de escolher o imóvel. “Quando tiver a sua casa, você precisa de um quarto no térreo para crianças e para quando for mais velho”, ensinou ao bisneto. A sabedoria se confirmou nos últimos momentos da mãe do ator, Jacqueline Sterblitch, passados sob aquele teto. “Esse lugar seria como um recanto para a minha mãe. Com a morte dela entramos em luto, e com o nascimento do Caetano nós renascemos. A casa já tem essa história de vida.”

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No cenário cercado pela vegetação nativa do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, o propósito sempre foi fincar raízes. “Tenho poucas lembranças da infância e da juventude. A maioria das coisas se perdeu, como a casa dos meus avós, onde passávamos as férias. Fico nessa fantasia de que agora é a minha vez de criar memórias. Uma bobagem, mas faz sentido neste momento de fazer família”, revela o carioca, que convocou Ricardo Caminada, Débora São José e Mariana São José para assinarem a reforma, com gestão de obra de Jackie Britto.

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A morada é pautada no gene criativo compartilhado entre Eduardo e Louise, cada um à sua maneira. Ela é autora de boa parte das pinturas, cerâmicas e esculturas que colorem os ambientes, enquanto ele preenche o lugar com a graça que impulsionou a carreira. “Como comediante, a bagunça é a minha assinatura na casa”, conta.

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Assim como a arte, a espiritualidade está na fundação do que o casal tem construído, a exemplo do altar ecumênico e do azulejo em homenagem a Iemanjá no painel concebido pela artista plástica Calu Fontes, em mais uma evidência da expansividade dos moradores. Sempre há espaço para mais um amigo, uma obra, uma crença. “Tenho avó mãe de santo, pai evangélico, avô judeu e mãe católica. Para me conectar com o divino eu preciso de uma banda, uma orquestra para falar com Deus”, pontua Eduardo.

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Entre “os seus, os meus e os nossos”, eles expressam por meio de suas criações a entrega recíproca, como na pintura feita por Louise para retratar Eduardo e a mãe dele. “Eu a vejo nessa viagem no tempo, nós dois eternamente tomando um sol e nos divertindo. Sozinho, esse quadro já é um altar.”

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Nas centenas de fotografias sobrepostas às paredes estão os registros afetuosos de quem já partiu, do início da carreira nos palcos, das amizades ilustres e do pequeno Caetano. Entre as imagens, o espaço para as memórias que ainda serão criadas por ali. “Vamos ficar juntos para sempre e botar cada vez mais vida na casa. Convido vocês a voltarem daqui a 50 anos para ver a zona que vai estar.” Anotado!

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*Matéria originalmente publicada na edição de maio de 2024 da Casa Vogue (CV461), disponível em versão impressa, na nossa loja virtual, e para assinantes no app Globo Mais.