Apartamentos

Por Nicoly Bernardes


O sofá Otto, design Guilherme Torres, inspirado no clássico Chesterfield, foi o ponto de partida da decoração — Foto: Renato Navarro
O sofá Otto, design Guilherme Torres, inspirado no clássico Chesterfield, foi o ponto de partida da decoração — Foto: Renato Navarro

Criar uma casa cheia de vida e história e, ao mesmo tempo, repleta de design e arte. Essa foi a premissa para a composição deste apartamento no bairro Jardim Paulista, em São Paulo, marcado por criações brasileiras e marcenaria que vibra em um tom enérgico de azul. Os moradores – uma advogada e um empresário à espera do primeiro filho – decidiram reformar o imóvel de 280 m², construído há 50 anos, e elegeram o Studio Lak para a missão. “O casal é super ligado à arte contemporânea e aprecia não só os grandes nomes do design moderno brasileiro, como também os emergentes”, contam as arquitetas Gabriella Mello Alves, Carolina Lerner e Sabina Kalaoun. “Eles revelaram o desejo de ter na sala o sofá Otto, autoria de Guilherme Torres, que é uma releitura do Chesterfield. Como se trata de uma peça arrojada e visualmente impactante, nosso projeto foi desenvolvido a partir dele.”

Na sala de estar, a mesa de centro Água, design Domingos Tótora, a poltrona Diz, de Sergio Rodrigues, e a poltrona C26, criação do OD-DO Arkitekti para a Carbono Design, fazem parte do décor, junto ao sofá modular Platô, assinado por Jaime Bernardo, configurado em ilha, com assentos voltados para os dois ambientes de estar e a varanda — Foto: Renato Navarro
Na sala de estar, a mesa de centro Água, design Domingos Tótora, a poltrona Diz, de Sergio Rodrigues, e a poltrona C26, criação do OD-DO Arkitekti para a Carbono Design, fazem parte do décor, junto ao sofá modular Platô, assinado por Jaime Bernardo, configurado em ilha, com assentos voltados para os dois ambientes de estar e a varanda — Foto: Renato Navarro

A decoração foi criada a partir de um mix de itens novos e outros que já faziam parte do acervo da família, como livros garimpados em viagens, uma tela do artista visual Thainan Castro e obras das irmãs Gelli, figuradas na sala de estar.

Uma “caixa” de marcenaria com laca azul Sayerlack M030 marca a área de jantar — Foto: Renato Navarro
Uma “caixa” de marcenaria com laca azul Sayerlack M030 marca a área de jantar — Foto: Renato Navarro

O grande pórtico em laca azul delimita a sala de jantar e mimetiza a porta de acesso à circulação íntima, os painéis de correr que permitem integrar a cozinha e o bufê de quinas arredondadas, da Breton, encomendado no mesmo tom.

O quadro com arte cinética é de autoria de Daniel Mullen, artista escocês radicado em Amsterdã — Foto: Renato Navarro
O quadro com arte cinética é de autoria de Daniel Mullen, artista escocês radicado em Amsterdã — Foto: Renato Navarro
A mesa e as cadeiras da sala de jantar são materializadas em madeira, assim como o piso de tauari — Foto: Renato Navarro
A mesa e as cadeiras da sala de jantar são materializadas em madeira, assim como o piso de tauari — Foto: Renato Navarro

A paleta de cores adotada no décor da área social partiu da necessidade de contrapor a laca azul do pórtico que delimita a área de jantar, assim como o piso em taco de tauari, paginado em espinha de peixe, como explicam as arquitetas. “Optamos por pintar as outras paredes de branco, criando uma base neutra para receber as obras de arte, sem pesar visualmente no espaço.”

Na cozinha, há uma bancada com acabamento amadeirado anexada à ilha da cozinha, que parece flutuar no espaço, e as cadeiras Eames com assento em acrílico transparente, em contraponto à força do azul — Foto: Renato Navarro
Na cozinha, há uma bancada com acabamento amadeirado anexada à ilha da cozinha, que parece flutuar no espaço, e as cadeiras Eames com assento em acrílico transparente, em contraponto à força do azul — Foto: Renato Navarro

Um espaço multifuncional, que tem o papel de sala de TV, escritório e quarto de hóspedes, recebeu portas-camarão, que permitem integrá-lo à sala, quando necessário. “Fechadas, elas ‘somem’ na parede da sala, já que possuem o mesmo acabamento”, descreve Carolina.

Ao fundo, o espaço de trabalho tem vista arborizada da capital paulista — Foto: Renato Navarro
Ao fundo, o espaço de trabalho tem vista arborizada da capital paulista — Foto: Renato Navarro

No quarto do casal, a vez é dos tons neutros e terrosos: a cabeceira em tom de caramelo contrasta com a paleta clara da cortina e da parede. Em uma unidade visual, o piso em padronagem espinha de peixe também foi eleito para o dormitório.

Fibras naturais agregam conforto ao quarto — Foto: Renato Navarro
Fibras naturais agregam conforto ao quarto — Foto: Renato Navarro

“A leveza das proporções da marcenaria ripada, a sutileza dos detalhes, como as quinas arredondadas, e a combinação do acabamento em laca verde com carvalho europeu são os destaques do quarto do bebê”, narram as arquitetas.

A marcenaria em tom de verde, inclusive na parede revestida em estilo ripado, será cenário da primeira infância do filho primogênito — Foto: Renato Navarro
A marcenaria em tom de verde, inclusive na parede revestida em estilo ripado, será cenário da primeira infância do filho primogênito — Foto: Renato Navarro
A sauna seca foi criada no fundo do banheiro junto à janela octogonal da fachada do prédio, logo após a área de banho com chuveiro e banheira — Foto: Renato Navarro
A sauna seca foi criada no fundo do banheiro junto à janela octogonal da fachada do prédio, logo após a área de banho com chuveiro e banheira — Foto: Renato Navarro

Seja em azul, seja em verde, os cenários da família acabam de se tornar ainda mais inspiradores.

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