SP-Arte 2024: 11 lançamentos de design da 20ª edição da feira

Para você ficar por dentro das novidades que estarão por lá, reunimos móveis e objetos que serão apresentados por 10 marcas de design durante a SP-Arte. Confira abaixo.

Com a narrativa de criar reconexão com as matérias-primas em seu estado original, a ETEL apresenta a coleção Resetar a Modernidade, Reinstituir a Natureza. As peças são assinadas por Studio MK27, Daciano da Costa, Juliana Vasconcellos, Studio Veredas e Patricia Urquiola.

A designer espanhola lança duas séries de peças, a primeira composta por poltrona (foto), sofá e banco, com a tapeçaria feita de lã virgem dos Pampas, contribuindo para a preservação do patrimônio natural e imaterial cultural gaúcho. O desenvolvimento têxtil ocorreu em parceria com a empresa de moda gaúcha Anselmi. A segunda série é composta por mesas laterais de resina vegetal aglutinada com materiais orgânicos.

Em sua primeira participação na SP-Arte, o arquiteto Jayme Bernardo assina o pendente Paricó para a Itens. Inspirada no movimento das águas amazônicas, a luminária nasceu da demanda específica de um projeto com pé-direito duplo, buscando preencher o espaço com estilo.

O projeto contou com a participação da diretora criativa da Itens, Mariana Amaral, e com a arte das mãos das mulheres alagoanas, recheadas de rusticidade e simplicidade. “Para estruturar a peça foram utilizados aros metálicos de tamanhos diferentes que formam a silhueta curvilínea da peça, que parece flutuar. As longas fibras naturais que ficam pendentes, remetem à ideia de refúgio e têm o objetivo de filtrar a luz”, detalha Bernardo.

A coleção de luminárias e mesas Platina Celeste, de Cris Bertolucci, nasceu a partir de temas que evocam o fascínio cósmico, como o universo galáctico, a aura lunar, a visão futurista e a vastidão do espaço sideral. Os elementos da coleção são unificados por uma paleta de tons de prata e azul, que remetem a elementos lunares e estão aplicados tanto nos materiais metálicos quanto no acrílico utilizado.

Em diversas escalas, as luminárias da coleção incluem versões de coluna, pendente e abajur, desenvolvidas de latão cromado e alumínio prateado. Compostas por este último material, as mesas apresentam formas que evocam os extintos lagos e lagoas lunares, com diferentes texturas, artisticamente moldadas à mão.

“Constantemente buscamos terra firme na tentativa de tampar nossos buracos. Tememos nossos espaços vazios e por isso tentamos incansavelmente (sempre com uma pitada de frustração) preenchê-los”. Esta é parte da descrição da coleção Erosão, do Ateliê Nicole e Luiza Toldi, que celebra dez anos de união profissional entre mãe e filha. A linha é um convite para que as pessoas possam olhar, conviver e apreciar aquilo que existe de mais íntimo: os espaços vazios.

Para celebrar esta data marcante, a dupla decidiu desbravar o desconhecido, embarcando em uma jornada infinita de experimentos e pesquisas. A premissa de criar com total liberdade, trouxe à tona a decisão de abandonar momentaneamente o branco predominante em suas criações. Os objetos do conjunto carregam em si as “cores da terra”. “São elas expressões do improviso, uma dança entre a técnica e o acaso. O processo de cada peça é irrepetível, todas elas são únicas porém dialogam harmoniosamente através de suas texturas, rachaduras, relevos e cores”, afirmam as artistas.

Formado em 2019, o duo Tomazicabral realiza criações que ultrapassam as fronteiras entre a forma e a função, entrando no território da arte e da poesia. Na novíssima coleção elaborada em parceria com a Estar Móveis, o fio condutor é a mistura de materiais, com destaque para a palha de trigo tramada manualmente. A cor dourada, faz parte do simbolismo que ela carrega que evidencia “a riqueza da manualidade”.

Com desenhos impactantes, as poltronas da série Hiato são compostas por elementos que revezam-se nas funções de base, encosto e assento – sem alteração no ângulo entre as porções superior e a inferior. Desta forma, os móveis redesenham-se em três variantes com as aspectos esculturais. Feitas com concreto e cumaru, os assentos são resistentes ao tempo e compatíveis com ambientes internos e externos.

De tecido, metal e pedra, Vela é uma série de luminárias que pontua o equilíbrio entre o rigor conceitual e o experimentalismo poético. “O tecido que se desloca da função tradicional de revestimento e ganha lugar como elemento expressivo e central na narrativa. Pousando sobre uma estrutura metálica delgada, que se apoia em uma base de mármore, uma ou mais peças retangulares de linho tingido em degradê revelam o cromatismo de sua trama à passagem da luz, além de se mover ligeiramente ao sabor do ar”, detalham os designers.

A escolha do termo tênue para nomear esta coleção de luminárias de porcelana reflete a delicadeza e a sutileza que caracterizam as peças. Com estrutura fina, o material permite a difusão de luz suave e aconchegante. A novidade foi idealizada por pela ceramista mineira Nydia Rocha e pelo arquiteto e designer Gabriel de La Cruz.

Com versões de teto, piso, mesa e arandela, a linha oferece quatro tamanhos distintos. Este leque de opções permite diversas configurações, profundidades e relações de volume, expandindo as possibilidades na composição de acordo com os ambientes.

Evidenciando simplicidade e solidez, características presentes no trabalho de Rodrigo Silveira, a cadeira Tomo mescla linhas retas com elementos arredondados, a exemplo das pernas, com traços comuns a criações realizadas no torno. Após investigação acerca da materialidade e do tempo de produção dos artigos, Rodrigo passou a mesclar o trabalho artesanal com a produção por meio da ferramenta utilizada na moldagem. O diferencial desta linha é a possibilidade da sua realização na cumaru, o que possibilita que os móveis sejam utilizados em área externa, o que era uma demanda antiga dos clientes de Rodrigo.

Os blocos de papel são objetos comuns do cotidiano, porém, você já pensou em transformá-los em algo além de sua função usual? Essa é a proposta dos designers Fabiola e Christian Pentagna, que idealizaram uma série de objetos compostos por folhas de papel empilhadas, que apresentam o material de modo incomum. Nesta edição da SP-Arte a dupla reforça esta reflexão sobre a versatilidade do papel apresentando, pela primeira vez, blocos com mais de um metro de altura.

Reverência à rica tradição cultural nordestina, a coleção Cordel traz oito peças inéditas e exclusivas, cujas superfícies apresentam as xilografias originais de J. Borges produzidas a partir da seleção e livre interpretação de clássicos da literatura de cordel. O mobiliário, desenhado pelo designer Bruno de Carvalho, transforma-se assim em uma tela viva, um livro aberto, que narra e perpetua uma perspectiva encantada do nordeste brasileiro.

O modelo acima foi inspirado no cordel Cidrão e Helena, de Severino G. de Oliveira, que narra a história de Cidrão, um jovem destemido, que é apaixonado por Helena, a filha de um barão. Quando ela é obrigada pelo pai a se casar com outro homem, Cidrão parte em uma jornada arriscada para resgatá-la. Enfrentando desafios e perigos, ele confronta o homem que a forçou a se casar e sai vitorioso: Cidrão e Helena fogem juntos, iniciando uma nova vida livre do passado sombrio.

SP–Arte 2024
Período: de 3 a 7 abril de 2024
Localização: Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera - Portão 3
Horários: 04 e 05 abril: das 13h às 20h | 06 e 07 abril: das 11h às 19h
Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada)

Mais informações sobre ingressos e participantes estão disponíveis no site da SP-Arte.