Conheça as mulheres pioneiras na arquitetura e no urbanismo no Brasil

No Dia Internacional da Mulher, é uma oportunidade de homenagear e destacar as realizações extraordinárias de mulheres que moldaram a arquitetura brasileira, construindo legados que resistem ao tempo. A seguir, conheça 7 mulheres que foram pioneiras na arquitetura brasileira e que ajudaram a construir o cenário arquitetônico do país

Lina Bo Bardi, nascida em 1914 em Roma, foi uma arquiteta que deixou uma marca inconfundível na arquitetura nacional. Seu trabalho revolucionário, como o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e o SESC Pompeia, destaca-se pela ousadia e integração com o ambiente. Além de suas realizações arquitetônicas, Lina foi uma defensora incansável do patrimônio cultural e da inclusão social, de forma que isso fica claro em seus projetos. Seu legado ressoa não apenas nas estruturas que projetou, mas na essência moderna e humanista em todo o mundo.

Rosa Kliass, arquiteta e paisagista brasileira, emergiu como uma figura essencial na arquitetura verde do Brasil. Desde o início de sua carreira, Rosa buscou equilibrar o concreto urbano com o verde exuberante, desenhando espaços que refletem harmonia e sustentabilidade. Projetos como o Parque da Juventude, em São Paulo, refletem sua maestria em transformar áreas urbanas em um verdadeiro paraíso verde. Além de suas contribuições profissionais, Rosa Kliass influenciou gerações futuras, deixando um legado duradouro que redefine a relação entre o homem e a natureza na arquitetura brasileira.

Ao desbravar fronteiras, Carmen Velasco Portinho deixou um legado significativo em sua história. Nascida em 1903, Portinho foi uma das primeiras mulheres a se formar em arquitetura e primeira a conquistar o título de urbanista no Brasil. Essa conquista ecoou ao longo de sua carreira, juntamente com sua excelência e inovação. Carmem se destacou por seu compromisso com a arquitetura moderna, contribuindo para projetos que marcaram a paisagem urbana. Além disso, Carmen foi uma defensora incansável dos direitos das mulheres, utilizando sua posição para promover a igualdade de gênero na profissão e na sociedade.

Formada pela Faculdade Nacional de Arquitetura, Dora Alcântara combinou inovação e elegância em seus trabalhos, se destacando em meio à predominância masculina dos anos 60. Dora dedicou sua carreira ao ensino, preservação de patrimônios e aos estudos voltados à azulejaria brasileira.

Chu Ming Silveira deixou sua marca registrada na arquitetura brasileira ao criar o orelhão na década de 1960. A arquiteta e designer chegou ao Brasil em 1950, onde cursou arquitetura na Faculdade Presbiteriana Mackenzie e iniciou sua carreira em São Paulo. Além da criação do orelhão, Chu também ficou conhecida por projetos residenciais em Ilhabela, denominando o estilo das casas de “pós-caiçara”.

Lota de Macedo Soares marcou a arquitetura brasileira como uma visionária do urbanismo. Seu legado é evidente no icônico Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, transformando os espaços urbanos. Lota foi uma pioneira ambiental, defendendo a preservação e sustentabilidade, de forma que seu impacto ressoa nas estruturas e na maneira como a arquitetura pode moldar cidades e inspirar a consideração ambiental.

Nascida em Tóquio, no Japão, Mayumi Watanabe de Souza Lima chegou ao Brasil em 1938 e estudou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP). Sua carreira é marcada por práticas e teorias em torno da participação popular e da industrialização da construção. Mayumi desenvolveu diversos projetos de escolas públicas e alguns ganharam vida no Brasil. Além disso, a arquiteta trabalhou ao lado de Lina Bo Bardi, Vilanova Artigas e Joaquim Guedes.