Edifícios

Por Elizabeth Stamp e Rachel Davies


Abadia de Westminster: 8 fatos sobre o local da coroação — Foto: Getty Images
Abadia de Westminster: 8 fatos sobre o local da coroação — Foto: Getty Images

A Abadia de Westminster, ou Collegiate Church of St. Peter, já foi palco de alguns dos eventos mais importantes da história britânica e, em maio, sediará mais um: a coroação do rei Charles III. Após a morte da rainha Elizabeth II em setembro do ano passado, o evento cerimonial acontecerá em 6 de maio de 2023 e incluirá a coroação do rei Charles e da rainha Camilla. Embora seja provável que o evento seja mais modesto do que os do passado, o cenário será igualmente grandioso.

Abaixo, detalhamos oito fatos que você precisa saber sobre a Abadia de Westminster e a história arquitetônica do edifício icônico com a ajuda da especialista Meredith Cohen, professora de arte e arquitetura medieval na Universidade da Califórnia de Los Angeles (UCLA) e autora do livro "The Sainte-Chapelle and the Construction of Sacral Monarchy" ("A Saint-Chapelle e a construção da Monarquia, em tradução livre) .

1. Partes da Abadia datam do ano 960

A Abadia de Westminster — Foto: Getty Images
A Abadia de Westminster — Foto: Getty Images

"Acho que a maioria das pessoas não percebe que é realmente antigo. Como local de adoração, remonta provavelmente ao século VI ou VII, pelo menos", diz Cohen. “Quando você vai à Abadia de Westminster, sente a presença dessa história, porque essas pedras estão lá há quase 1.000 anos. Você pode imaginar isso, mas é muito diferente quando você está lá. Você sente, e está ao seu redor.”

A abadia como a conhecemos hoje apareceu pela primeira vez quando o rei Edgar e o bispo St. Dunstan fundaram um mosteiro perto do rio Tâmisa em 960. Mais tarde, foi ampliado e reconstruído pelo rei Eduardo, o Confessor, na década de 1040, em homenagem a São Pedro. Para diferenciá-la da Catedral de St. Paul, no leste de Londres, ela ficou conhecida como West Minster. No século XIII, o rei Henrique III mandou reconstruí-la em estilo gótico, demolindo toda a igreja, exceto a nave, que foi posteriormente reconstruída pelo pedreiro Henry Yevele. As torres icônicas do edifício foram projetadas por Nicholas Hawksmoor e concluídas em 1745.

2. Não pertence à Igreja da Inglaterra

A Abadia de Westminster não é controlada pela Igreja da Inglaterra: é um “Royal Peculiar", ou uma igreja que está sob a jurisdição do soberano. Como tal, não está sujeita a nenhum bispo ou arcebispo. Outras igrejas sob o controle do monarca incluem a Capela de São Jorge, em Windsor, onde a rainha Elizabeth II está enterrada, a Capela Real no Palácio de Holyrood e várias capelas em Londres.

3. Hospedou todas as coroações desde 1066 - exceto duas

Ilustração da coroação da rainha Victoria, no final do século 19 — Foto: Getty Images
Ilustração da coroação da rainha Victoria, no final do século 19 — Foto: Getty Images

A Abadia foi o local da coroação de todos os monarcas desde Guilherme, o Conquistador, com exceção de dois reis: Eduardo V e Eduardo VIII. O rei Eduardo V, de 13 anos, reinou de abril a junho de 1483 e não foi coroado antes de ser deposto (e provavelmente assassinado) pelo rei Ricardo III. Eduardo VIII abdicou do trono menos de um ano depois de se tornar rei para se casar com Wallis Simpson.

“A coroação é muito ritualística. Não é apenas uma vitrine mostrando que ele é (agora o) rei. É todo um procedimento em que ele entra como um homem e sai como um rei", explica Cohen, enfatizando a importância da coroação. "Isso é realmente diferente. Nós não tendemos a ver dessa forma, então isso é legal. Este homem será ungido rei, o que eles têm feito desde o Antigo Testamento. O livro padrão para isso foi escrito - aquele que eles estão usando -, (ele) remonta ao século XIII. Isso é muito legal".

4. Foi local de 16 casamentos reais

Muitos casamentos aconteceram por lá — Foto: Getty Images
Muitos casamentos aconteceram por lá — Foto: Getty Images

Muitos casais reais escolheram a Abadia como local de suas núpcias. Entre as cerimônias notáveis estão o Rei Henrique I e a Rainha Matilda da Escócia em 1100, o Rei Ricardo II e a Rainha Ana da Boêmia em 1382, o Rei George e a Rainha Elizabeth (a Rainha Mãe) em 1923, a Rainha Elizabeth II e o Príncipe Philip em 1947, e Príncipe William e Princesa Catherine de Gales em 2011.

5. É o local de descanso final de cerca de 3.300 figuras proeminentes e monarcas britânicos

Diversas figuras proeminentes estão enterradas na Abadia — Foto: Getty Images
Diversas figuras proeminentes estão enterradas na Abadia — Foto: Getty Images

Reis e rainhas foram enterrados na Abadia de Westminster, incluindo Elizabeth I e rainha Maria da Escócia. Figuras importantes também estão sepultadas em todo o edifício, incluindo políticos, escritores, cientistas e músicos, como Isaac Newton, Charles Dickens, Laurence Olivier e Stephen Hawking. "Há muita coisa no prédio, mas, como acho que a maioria das pessoas sabe, há todas essas pessoas famosas enterradas lá, não apenas reis e rainhas", afirma Cohen.

6. A cadeira de coroação tem mais de 700 anos

Cadeira da coroação é usada desde 1308 — Foto: Getty Images
Cadeira da coroação é usada desde 1308 — Foto: Getty Images

Um dos tesouros de Westminster é a cadeira da coroação, considerada uma das peças de mobiliário mais famosas do mundo. Foi encomendado pelo rei Eduardo I para abrigar a Pedra do Scone (supostamente a pedra sobre a qual Jacob descansou a cabeça em Gênesis 28:18), que o rei trouxera da Escócia. A cadeira é usada em cerimônias de coroação desde 1308 e agora fica em um recinto especial dentro da Capela de São Jorge. A pedra foi roubada por nacionalistas escoceses em 1950 e recuperada em 1951. Em 1996, o primeiro-ministro John Major declarou que a pedra seria devolvida à Escócia, mas que retornaria à Abadia para as coroações.

7. Figuras históricas modernas são homenageadas no exterior

Acima da Grande Porta Oeste da Abadia estão dez figuras do século 20 conhecidas como os Mártires Modernos. Representando todos os continentes, as esculturas, adicionadas em 1998, homenageiam indivíduos que foram perseguidos por sua fé. Entre as figuras estão Martin Luther King Jr., Wang Zhiming, São Maximiliano Kolbe, Ester John e São Óscar Romero. Eles foram projetados por Tim Crawley da Rattee & Kent em Cambridge e esculpidos em calcário francês Richemont.

8. O artista David Hockney projetou um dos vitrais

O artista David Hockney projetou um dos vitrais — Foto: Getty Images
O artista David Hockney projetou um dos vitrais — Foto: Getty Images

O artista britânico David Hockney foi contratado para projetar um vitral para celebrar o reinado da rainha Elizabeth II. Hockney o projetou com quase 8,5 metros de altura e mais de 3 metros de largura usando um iPad, criando uma colorida cena rural de primavera em Yorkshire. A obra, localizada no transepto norte, foi inaugurada em 2018.

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