10 livros para quem ama cinema

Quem gosta de cinema sabe, os universos ligados à vertente artística são infinitos. Estudar sobre os filmes, diretores e todas as histórias é um exercício divertido e muito esclarecedor, com opções para todos os interesses. Da relação da psicanálise com os filmes até as referências visuais para construir o enredo, Casa Vogue separou 10 títulos para você ter na estante da sua casa e mergulhar no universo mágico das produções. Confira a lista!

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A Odisséia do Cinema Brasileiro

Escrito por Laurent Desbois, este livro (como o nome já sugere) é uma aula de história do cinema nacional. As passagens vão desde o começo do século XX, explicando como as causalidades da vida estragaram o acervo brasileiro de obras cinematográficas, assim como produtoras criadas e fechadas da noite para o dia. Movimentos como Tropicalismo, Cinema Novo e Cinema Marginal são evidenciados nas mais de 500 páginas. Todos os filmes citados estão listados no final, como uma boa biblioteca para consulta.

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Roteiro: os fundamentos do roteirismo

Dos que gostam de escrever e buscam entender melhor sobre roteiro, esse livro é o manual básico para todas as dúvidas. Didático e bem escrito, ele mostra todas as partes para escrever uma história, as diversas opções de roteiro para cinema, TV, curtas, etc, assim como teorias da linguagem, exemplos bem fáceis de compreender e exercícios para testar a criatividade do leitor. Para ter na cabeceira da cama.

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Conversas com Woody Allen

Parte de uma série, com volumes de Kubrick e Scorcese, o livro é uma entrevista com o mestre da comédia inteligente sobre todas as coisas que conseguir imaginar. Desde referências, histórias de infância até dificuldades da carreira, observações sobre a vida e outros temas irreverentes do diretor. Uma leitura leve e muito completa sobre a trajetória de Woody Allen.

Hitchcock Truffaut. Entrevistas

Raro livro que agora ganhou nova publicação e pode ser encontrado em qualquer livraria, este volume é uma transcrição do filme documental sobre uma entrevista de Alfred Hitchcock feita por ninguém menos que François Truffaut e vice-versa. As conversas são as mais aleatórias possíveis, falando sobre filmes e cenas específicas de cada um, dissecando obras, observando referências, questionando temas polêmicos e outras pirações que os dois tiveram no momento. A leitura é divertida e bem dinâmica.

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Diálogo | Cinema

Este pequeno e interessante livro, escrito por Marcia Tiburi e Julio Cabrera, é uma conversa profunda sobre a influência do cinema na vida, seja ela social ou pessoal. Para além do mero entretenimento, os autores buscam exemplificar todas as áreas de influência da sétima arte e como ela se desenvolve dentro de cada percepção. Como diria Jean-Claude Bernardet, “a história do cinema é em grande parte a luta constante para manter ocultos os aspectos artificiais do cinema e para sustentar a impressão de realidade e também o esforço constante para denunciar esse ocultamento e fazer aparecer quem fala”.

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Num Piscar de Olhos

Escrito pelo papa da edição contemporânea, Walter Murch, o livro é ideal para quem gosta ou se interessa pela parte da montagem de um filme. O editor, responsável por Apocalypse Now, Poderoso Chefão, A Insustentável Leveza do Ser, entre muitos outros, conta nas páginas como cada cena é colocada dentro de um filme, como os cortes funcionam, qual o impacto de uma sequência de cena dentro do enredo, etc. A experiência de mais de 30 anos de Walter é essencial para explicar com muita propriedade algo que é natural dentro de um filme.

Cinema e a Publicidade: intertextos e hibridismos

Didático e muito completo, este livro de Rogério Covaleski é um passeio por todas as referências que fazem do cinema a sétima arte. De filosofia à psicanálise, o autor apresenta as principais mudanças sociais que influenciam diariamente o cinema, assim como as questões técnicas do fazer, como montagem, roteiro, enredo, etc. O ciclo se completa quando a comparação com a publicidade se dá. Um estudo excelente sobre a propaganda contemporânea, mas também um passeio lúdico pela história do cinema, filosofia, antropologia e mais.

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Cinema e Psicanálise - 5 Volumes

A relação do cinema com a psicologia é tão bonita que até a “fundação” das duas vertentes é praticamente na mesma data (começo do século 20). As associações mais rápidas podem estar relacionadas a sonhos, por exemplo, mas a psicologia e psicanálise fazem estudos profundos de construção de personagem, ID, Ego e Superego, realidade, desejo e tantas outras coisas. Esse box contém os títulos A formação do desejo, A realidade e o real, Filmes que curam, Montagem e interpretação, e História, gênero e sexualidade, escritos por Christian Dunker, psicanalista e professor de psicologia do Instituto de Psicologia da USP, e Ana Lucilia Rodrigues, psicanalista e membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre. Todos são curtos e fáceis de ler, principalmente se o leitor se interessa, mas nunca estudou psicanálise.

A linguagem do cinema

Outro livro que conversa bastante com os signos e significados dentro do cinema. É basicamente um almanaque, escrito por Robert Edgar-hunt, para aqueles que adoram cinema e buscam entender um pouco mais sobre as escolhas dos diretores, mais especificamente da direção de arte. Como, por exemplo, o impacto de um sapato vermelho ser maior do que se o mesmo modelo fosse branco. Desconstruir esteticamente cada filme para mostrar o que o criador tentou passar de mensagem com as suas pequenas escolhas.

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A Arte do Cinema. Uma Introdução

Escrito pelo pesquisador de cinema mais aclamado da contemporaneidade, David Bordwell, ao lado de Kristin Thompsom, este livro faz o espectador mergulhar em todas as camadas mais profundas do fazer fílmico. Para além de emoções que os produtos cinematográficos são capazes de gerar no espectador, os autores destrincham o filme como ele é, sem fazer análises pessoais ou predições baseadas em outras filosofias. É um 360º dos elementos que formam um filme, desde a fotografia até a montagem, fornecendo elementos perfeitos para qualquer um ser capaz de entender um filme, mesmo ele sendo de Luis Buñuel. Resumindo, David Bordwell educa o olhar do espectador.