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Casa dos anos 1920 ganha décor surrealista e divertido
Móveis volumosos e cores se contrapõem em ousadia
2 min de leituraKelly Wearstler é conhecida por sua ousadia. A carreira de designer deslanchou entre Hollywood e Beverly Hills, nos Estados Unidos, onde cria jóias, produtos e casas cheias de coragem e de linguagem única, que transita entre o lúdico e o exótico. É preciso explicar isso para entendermos a majestosa casa Hillcrest Estate, um verdadeiro laboratório de suas experiências de decoração.
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As dimensões generosas da propriedade californiana, extensos 1.200 m², permitiram que a designer se divertisse. A sua história também trazia boas doses de criatividade: erguida em 1926, foi repensada como uma mansão georgiana clássica pelo arquiteto James Dolena em 1933. A última e derradeira transformação veio em 2009, assinada por Kelly em parceria com o arquiteto Brian Tichenor.
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Com inúmeros jardins e fontes, além de campo de tênis, casa de hóspedes e de piscina, a construção ostenta combinações cromáticas ousadas e padrões vibrantes. Esculturas enormes aparecem aos montes, agrupadas em mesas ou sozinhas, sob a curadoria de Kelly. Os espaços de convívio também se multiplicam: cada um recebeu seu toque especial.
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A casa veste o design corajoso admirado por ela, com mobiliário pinçado ao longo de anos, assim como o seu amor pela arte gráfica, iluminação vintage e clima surrealista. A paleta de cores vai do zero ao cem, principalmente porque nada é previsível: uma dose de dourado pode tirar do esperado qualquer ambiente.
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A influência da década de 1980 e do estilo pós-moderno são notáveis, essencialmente nas peças Memphis, dos gostos de Ettore Sottsass. No entanto, essa atmosfera entra em choque com um ambiente clássico, de materiais nobres, como os mármores.
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É nesse contraste exótico que se situa a marca criada por Kelly Wearstler. “Permitir que peças contemporâneas se harmonizem com referências históricas resulta em uma vibe distinta e plena de alma”, disse certa vez à Casa Vogue, sobre seu processo criativo.