Governo teme paralisia da agenda econ�mica com pris�o de Jo�o Santana
Renato Costa/Folhapress | ||
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Governo Dilma teme paralisia da agenda econ�mica no Congresso com pris�o de Jo�o Santana |
A primeira avalia��o do governo Dilma Rousseff sobre o mandado de pris�o tempor�ria do marqueteiro Jo�o Santana, expedido nesta segunda-feira (22) na 23� fase da Opera��o Lava Jato, � que n�o haveria risco de atingir a campanha da petista em 2014, mas poderia gerar uma paralisia na agenda econ�mica do governo, num momento delicado para a economia do pa�s.
Segundo assessores presidenciais, Dilma est� tranquila e tem dito a aliados que todo o pagamento que sua campanha fez a Santana foi de maneira "legal". Preocupa o Pal�cio do Planalto, por�m, o fato de a investiga��o sobre o publicit�rio baiano alimentar o processo contra a chapa Dilma/Michel Temer, na campanha de 2014, em tramita��o no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A a��o, protocolada pelo PSDB, trata, entre outras suspeitas, da possibilidade de a campanha de Dilma ter sido paga com dinheiro de propina do esquema de corrup��o da Petrobras. As defesas de Dilma e Temer negam as acusa��es.
A investiga��o contra Santana, diz um auxiliar de Dilma, pode gerar um clima de paralisia no Congresso, prejudicando o andamento de temas como a recria��o da CPMF, da renova��o da DRU (mecanismo que desvincula receitas da Uni�o), a reforma da Previd�ncia Social e a proposta de reforma fiscal de longo prazo divulgada na �ltima sexta-feira (19).
J� s�o temas, lembram assessores, pol�micos, que encontrariam dificuldades de tramita��o no Congresso e que, agora, podem ser ainda mais prejudicados caso o clima pol�tico esquente ainda mais com o envolvimento do marqueteiro de Dilma e do PT na Lava Jato.
Um auxiliar de Dilma lembrou que a conta de Santana em 2014 foi "bem salgada" e que tudo est� registrado na Justi�a Eleitoral. Ou seja, diz ele, o valor pago foi elevado exatamente porque foi tudo contabilizado, R$ 88,9 milh�es.
OPERA��O "ACARAJ�"
A 23� fase da Opera��o Lava Jato, iniciada na manh� desta segunda, intitulada "Acaraj�", tem como alvo o publicit�rio Jo�o Santana, que encabe�ou campanhas presidenciais petistas, e a empreiteira Odebrecht.
O Minist�rio P�blico Federal e a Pol�cia Federal encontraram transfer�ncias de US$ 7,5 milh�es (R$ 30 milh�es, em valores desta segunda) de investigados da Lava Jato para a conta da offshore Shellbill Finance S.A., controlada pelo marqueteiro Jo�o Santana e pela mulher e s�cia dele, M�nica Moura. A offshore, baseada no Panam�, n�o foi declarada �s autoridades brasileiras.
Deste montante, US$ 3 milh�es foram pagos ao marqueteiro por meio das contas das offshores Klienfeld e Innovation Services, que s�o atribu�das pelos investigadores � Odebrecht, entre 13 de abril de 2012 e 08 de mar�o de 2013. Para a Procuradoria, "pesam indicativos de que consiste em propina oriunda da Petrobras transferida aos publicit�rios em benef�cio do PT".
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