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29/11/2006
-
20h04
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Bras�lia
Acabou sem surpresas a �ltima reuni�o do ano do Copom (Comit� de Pol�tica Monet�ria) do Banco Central. O comit� anunciou nesta noite uma redu��o de 0,5 ponto percentual na Selic, de 13,75% para 13,25% ao ano, conforme o esperado pelo mercado.
Pela primeira vez, desde mar�o deste ano, a decis�o do comit� n�o foi un�nime, j� que cinco integrantes do Copom votaram a favor de um corte de 0,5 ponto percentual na Selic e tr�s pela redu��o de apenas 0,25 ponto percentual na taxa.
"Avaliando o cen�rio macroecon�mico e as perspectivas para a infla��o, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 13,25% ao ano, sem vi�s, por cinco votos a favor e tr�s votos pela redu��o da taxa Selic em 0,25 ponto percentual", diz a nota divulgada pelo Banco Central ap�s a reuni�o.
![](https://cdn.statically.io/img/www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/images/20061129-juros-copom-13_25.gif)
Com essa redu��o, o Brasil chega a uma taxa de juro real --j� descontada a infla��o-- de 8,7%. Esse � o maior valor registrado no ranking da UpTrend Consultoria Econ�mica. Na segunda coloca��o aparece a Turquia, com 6,8%. O c�lculo leva em conta a taxa de juros b�sica descontada a infla��o projetada para os pr�ximos 12 meses. Ainda assim, essa � a menor taxa desde a cria��o do Copom, em 1996.
O fator que mais justifica o corte de hoje nos juros � a tend�ncia de queda da infla��o e uma expectativa de crescimento menor que a esperada no in�cio do ano.
No �ltimo levantamento feito pela autoridade monet�ria, o mercado financeiro esperava uma infla��o de 3,15% neste ano. Para os pr�ximos 12 meses, a expectativa � de 4,17%.
A meta de infla��o oficial � de 4,5% de acordo com o IPCA (�ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo) --com uma margem de toler�ncia de dois pontos para cima ou para baixo.
Al�m disso, o crescimento da economia parece que n�o provocar� press�o sobre os pre�os no curto prazo. Na semana passada, o Minist�rio da Fazenda divulgou que a expectativa de crescimento � de apenas 3,2% para este ano. J� a previs�o do BC, que conta do Relat�rio de Infla��o, � de 3,5%.
O processo de redu��o da taxa de juros come�ou em setembro do ano passado. Na ocasi�o, a Selic passou de 19,75% para 19,5% ao ano.
A partir de agora, o BC dever� ficar mais atento aos investimentos feitos no pa�s. O crescimento do n�vel de investimentos indica que h� uma perspectiva maior da produ��o industrial atender toda a demanda sem risco de aumento de pre�os.
Outro fator preocupante � se o governo conseguir� conter o aumento dos gastos p�blicos. Nas atas das �ltimas reuni�es, o Copom j� alertou para esse problema. Com o aumento dos gastos, h� risco de infla��o, o que pode alterar a trajet�ria de queda dos juros.
O Copom divulga na quinta-feira da pr�xima semana a ata da reuni�o ocorrida ontem e hoje. J� a primeira reuni�o de 2007 acontece nos dias 23 e 24 de janeiro.
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da Folha Online, em Bras�lia
Acabou sem surpresas a �ltima reuni�o do ano do Copom (Comit� de Pol�tica Monet�ria) do Banco Central. O comit� anunciou nesta noite uma redu��o de 0,5 ponto percentual na Selic, de 13,75% para 13,25% ao ano, conforme o esperado pelo mercado.
Pela primeira vez, desde mar�o deste ano, a decis�o do comit� n�o foi un�nime, j� que cinco integrantes do Copom votaram a favor de um corte de 0,5 ponto percentual na Selic e tr�s pela redu��o de apenas 0,25 ponto percentual na taxa.
"Avaliando o cen�rio macroecon�mico e as perspectivas para a infla��o, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 13,25% ao ano, sem vi�s, por cinco votos a favor e tr�s votos pela redu��o da taxa Selic em 0,25 ponto percentual", diz a nota divulgada pelo Banco Central ap�s a reuni�o.
![](https://cdn.statically.io/img/www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/images/20061129-juros-copom-13_25.gif)
Com essa redu��o, o Brasil chega a uma taxa de juro real --j� descontada a infla��o-- de 8,7%. Esse � o maior valor registrado no ranking da UpTrend Consultoria Econ�mica. Na segunda coloca��o aparece a Turquia, com 6,8%. O c�lculo leva em conta a taxa de juros b�sica descontada a infla��o projetada para os pr�ximos 12 meses. Ainda assim, essa � a menor taxa desde a cria��o do Copom, em 1996.
O fator que mais justifica o corte de hoje nos juros � a tend�ncia de queda da infla��o e uma expectativa de crescimento menor que a esperada no in�cio do ano.
No �ltimo levantamento feito pela autoridade monet�ria, o mercado financeiro esperava uma infla��o de 3,15% neste ano. Para os pr�ximos 12 meses, a expectativa � de 4,17%.
A meta de infla��o oficial � de 4,5% de acordo com o IPCA (�ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo) --com uma margem de toler�ncia de dois pontos para cima ou para baixo.
Al�m disso, o crescimento da economia parece que n�o provocar� press�o sobre os pre�os no curto prazo. Na semana passada, o Minist�rio da Fazenda divulgou que a expectativa de crescimento � de apenas 3,2% para este ano. J� a previs�o do BC, que conta do Relat�rio de Infla��o, � de 3,5%.
O processo de redu��o da taxa de juros come�ou em setembro do ano passado. Na ocasi�o, a Selic passou de 19,75% para 19,5% ao ano.
A partir de agora, o BC dever� ficar mais atento aos investimentos feitos no pa�s. O crescimento do n�vel de investimentos indica que h� uma perspectiva maior da produ��o industrial atender toda a demanda sem risco de aumento de pre�os.
Outro fator preocupante � se o governo conseguir� conter o aumento dos gastos p�blicos. Nas atas das �ltimas reuni�es, o Copom j� alertou para esse problema. Com o aumento dos gastos, h� risco de infla��o, o que pode alterar a trajet�ria de queda dos juros.
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