• Repórter de imagem Luciana Rathsam
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O tronco coberto de flores anuncia: a próxima temporada de frutos será generosa. “Para render jabuticabas saborosas, a espécie exige boa umidade”, revela paisagista Irene Cisneros, autora deste projeto. “Em condições ideais de clima e de cultivo, a espéci (Foto: Edu Castello )

O tronco coberto de flores anuncia: a próxima temporada de frutos será generosa. “Para render jabuticabas saborosas, a espécie exige boa umidade”, revela paisagista Irene Cisneros, autora deste projeto. “Em condições ideais de clima e de cultivo, a espécie pode florescer até cinco vezes por ano”, acrescenta (Foto Edu Castello )

O plantio das pitangueiras não foi feito de forma linear, e sim em zigue-zague. Dessa forma, o bosque fica mais encorpado e ainda é possível ter acesso às plantas, para colher os frutos e fazer a manutenção das árvores. “além do fruto, a pitangueira ofere (Foto: Edu Castello)

O plantio das pitangueiras não foi feito de forma linear, e sim
em zigue-zague. Dessa forma, o bosque fica mais encorpado
e ainda é possível ter acesso às plantas, para colher os frutos
e fazer a manutenção das árvores. “Além do fruto, a
pitangueira oferece um efeito ornamental incrível, pelas cores
do tronco e pela delicadeza das folhas, que brilham”, explica
Irene. Logo embaixo, grama-preta e lírios criam volume nos
troncos das frutíferas (Foto Edu Castello)

Pomar grandioso
São aproximadamente 3 mil m² de jardim. Com espaço de sobra disponível, não foi difícil incluir lichia, laranja, amoreira, araçá, entre outras árvores e espécies ornamentais nesta casa, no Jardim América, na capital paulistana. O desafio, em casos como este, é criar cantinhos gostosos para apreciar a vista. A imponente jabuticabeira com mais de 30 anos de idade cumpre esse papel com excelência. Em um traçado sinuoso, grama-preta e lírio conduzem o olhar para a área reservada à espécie, com chão de pedriscos e bancos. Para atender ao pedido da moradora de ter pássaros por perto, a paisagista Irene Cisneros plantou também um grupo de pitangueiras no corredor de 6 m de largura que pode ser visto da área social. Os exemplares foram plantados com espaçamento de 2 m uns dos outros, para que possam dar um efeito de bosque e ainda crescer de forma controlada.

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Os frutos da pitanga costumam surgir na primavera. a espécie pode ser cultivada em vasos, com terra mais arenosa e tamanho mínimo de 50 l, o suficiente para o desenvolvimento de suas raízes (Foto: Edu Castello)

Os frutos da pitanga costumam surgir na primavera. A espécie pode ser cultivada em vasos, com terra mais arenosa e tamanho mínimo de 50 l, o suficiente para o desenvolvimento de suas raízes (Foto Edu Castello)

Entre bromélia-imperial e alpínias, a grumixama cresce em um vaso com 65 cm de diâmetro de boca e 75 cm de altura e forração de alisso. “a vantagem do vaso de barro é que ele permite manter as condições de umidade e arejamento, e por isso eu não uso nenhu (Foto: Edu Castello)

Entre bromélia-imperial e alpínias, a grumixama cresce em um vaso com 65 cm de diâmetro de boca e 75 cm de altura e forração de alisso. “a vantagem do vaso de barro é que ele permite manter as condições de umidade e arejamento, e por isso eu não uso nenhum impermeabilizante, o que acelera o aspecto envelhecido”, diz Susana. Petúnias forram o vaso da goiabeira, que tem 50 cm de diâmetro de boca e 50 cm de altura. a espécie está logo na entrada da casa, lugar onde o vira-lata Nico lenzi também adora ficar a postos (Foto Edu Castello)

Sabores novos
A paisagista Susana Bandeira, da Maria Flor Paisagismo, valoriza as espécies nativas. “Sou engenheira agrônoma, gosto de conhecer as espécies da nossa flora e de experimentar formas de incorporálas nos projetos”, diz ela. Isso explica a adoção da brasileiríssima grumixama, uma árvore frutífera que conheceu no litoral e passou a adotar em São Paulo. Também conhecida como cereja-da-mata atlântica, tem crescimento rápido e pode atingir até 15 m. Em vaso, como está neste jardim no Brooklin, capital paulista, seu tamanho é limitado pela oferta de espaço para as raízes. “A grumixama é uma variedade que tolera bem as podas, o que é bom para controlar o tamanho da planta e garantir uma proporção interessante no vaso”, diz Susana. No mesmo projeto, a paisagista ainda incluiu uma goiabeira-roxa, eleita pela rusticidade. Mesmo em vaso, ela não exige mais do que os cuidados básicos de rega e adubação. Para proteger as plantas contra o ataque de insetos, Susana faz pulverizações com óleo de nim, produto orgânico que não oferece os riscos dos agrotóxicos convencionais.

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Árvores no alto
Os moradores desta cobertura queriam aproveitar algumas das frutíferas de sua antiga casa. Pela beleza das árvores e pela facilidade de adaptação às condições locais, a paisagista Susana Udler optou pela romanzeira e pela pitangueira, além de uma laranjinha-kikan em vaso. Excesso de sol, vento e pouca profundidade de solo são condições limitadoras para jardins planejados em coberturas. “É fundamental considerar o ambiente e fornecer à planta, além das regas, a melhor qualidade de substrato. Por isso fazemos adubações periódicas, mineral e orgânica, e utilizamos calcário para corrigir a acidez do solo”, explica Susana. Antes de receber a terra, a jardineira foi impermeabilizada e coberta com argila expandida e manta de poliéster, o que garante a drenagem.

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Desde a antiguidade, vários povos têm a romã como fruta sagrada ou símbolo de prosperidade. a paisagista Susana Udler costuma incluir a espécie em seus projetos, “para desejar ao cliente retidão, honradez e fartura”, diz. as flores da romã garantem um efe (Foto: Edu Castello)

Desde a antiguidade, vários povos têm a romã como fruta sagrada ou símbolo de prosperidade. A paisagista Susana Udler costuma incluir a espécie em seus projetos, “para desejar ao cliente retidão, honradez e fartura”, diz. As flores da romã garantem um efeito lindo à espécie. Resistente a condições diversas de temperatura e tolerante a podas, é também indicada para o cultivo em vasos ou espaços reduzidos (Foto Edu Castello)

A grama esmeralda virou cobertura nos vasos de laranjeiras, uma influência italiana. À esq. do deque de madeira, touceiras de capim-do-texas e vasos de temperos sobre as muretas garantem movimento ao jardim, com um jogo de alturas e volumes. ao fundo, jab (Foto: Edu Castello)

A grama esmeralda virou cobertura nos vasos de laranjeiras, uma influência italiana. À esq. do deque de madeira, touceiras de capim-do-texas e vasos de temperos sobre as muretas garantem movimento ao jardim, com um jogo de alturas e volumes. Ao fundo, jabuticabeira e ipês-amarelos (Foto Edu Castello)

Cítricos à italiana
A referência para este jardim de 380 m², em São Paulo, eram os jardins italianos, onde é comum encontrar frutíferas em vasos. Entre ervas, capins e arbustos podados geometricamente, os vasos de laranjas com cobertura de grama conferem um ar contemporâneo ao projeto de Gilberto Elkis. “Como a área do deque recebe as espreguiçadeiras da piscina, ela não poderia ser sombreada. A solução de plantar as árvores em vasos garante que elas não cresçam além do tamanho atual, mantendo também a harmonia da composição”, explica o paisagista. Para ampliar visualmente o espaço, o muro foi pintado de verde e coberto com a trepadeira sete-léguas, que dá volume, sem sombrear a área. Muretas de tijolos delimitam a área e elevam os vasos de temperos, organizando-os.

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Para ter frutíferas em vasos e varandas, é preciso...

Recipiente
Reparar no tamanho da espécie e de sua copa. Isso definirá a escolha dos vasos. Podas de formação – nas épocas em que as plantas não exibem flores ou frutos – as mantêm contidas, em caso de pouco espaço.

Rega
Molhar mais vezes do que quando elas são plantadas na terra. É importante garantir umidade suficiente para seu desenvolvimento, mas sem encharcá-las, o que compromete as raízes.

Sol
De modo geral, as frutíferas não se desenvolvem bem em locais sombreados. Para a produção dos frutos é preciso também cuidar para que o solo tenha uma boa condição de drenagem.

Adubação
Em vasos e jardineiras é importante fornecer às espécies húmus e compostos orgânicos, que melhoram a textura do solo, dão nutrientes às plantas e são a opção mais adequada do ponto de vista ecológico.

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festival-origem (Foto: Casa e Jardim)