Sopa
Tempo de sopa
É líquido e certo: nada como uma sopa quentinha para alegrar uma noite de inverno. Abaixo, sete chefs ensinam a fazer caldos substanciosos com inspiração portuguesa, italiana e japonesa, entre outras
2 min de leitura![Ribolita (Foto: Iara Venanzi/Casa e Comida)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/hhsVYadOPZJrkmQ8oWGd5BFF7I0=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2014/02/07/cc17_p86a93_aopontosopas-10.jpg)
Dia frio, sopa quente. Amada em todo o mundo, a sopa é uma das refeições mais antigas da humanidade. Ainda na pré-história, os homens já espantavam o frio e a fome com carne e vegetais imersos em caldos borbulhantes. Com o tempo, o preparo foi se aperfeiçoando, mas a essência permanece: é um prato com ingredientes e elaboração simples, delicioso e democrático. Isso é o que fascina o chef do bistrô paulistano Le Jazz, Chico Ferreira. A sopa de cebola que ele preparou para esta reportagem nasceu no antigo mercado central de Paris, o Les Halles, e alimentava os trabalhadores famintos na madrugada gelada. Na década de 20, a boemia descobriu o lugar e a “soupe à l’oignon des Halles” virou programa cult. “É um prato sem glamour gastronômico. Nem a fatia de pão com queijo gratinado é um toque sofisticado. É só para engrossar o caldo”, conta Chico.
Nossas sugestões para aquecer esta temporada fria vêm de vários países. Além da receita francesa do Le Jazz, você pode experimentar a cheia de prosa sopa de pedra, na versão do chef português Vitor Sobral (Tasca da Esquina); o sabor nipônico de um lámen caseiro, criado por Maurício Kanashiro (Lamen Kazu); o Manhattan clam chowder, tradicional sopa americana de mariscos, ensinada por Andrea Kaufmann (AK Vila); e a nossa tradicional canja de galinha, assinada por Beth Branco (Beth Cozinha de Estar). Para completar, duas sugestões com sotaque italiano: a ribolita, que lembra um minestrone com pão, como explica Pier Paolo Picchi (Trattoria Rosticceria Picchi); e o crema di zucca, sopa de abóbora de Carlos Bertolazzi (Zena Caffè e Spago).
Dica que vale para todas elas: aposte em ingredientes frescos e no cozimento lento, em fogo baixo, para preservar os sabores. Depois, é só curtir os efeitos terapêuticos de uma tigela substanciosa. Como definiu a chef Beth Branco: “Com pão quentinho e um belo vinho, é um pedaço do céu”.
Sopa de cebola
Crema di zucca (sopa de abóbora)
Canja de galinha
Manhattan clam chowder (frutos do mar)
Sopa de pedra (feijão e carne de porco)
Shoyu lámen