Descrição de chapéu Estados Unidos racismo

Homens negros acusam American Airlines de racismo após serem retirados de voo

Companhia aérea diz que investiga caso e que acontecimentos relatados na ação não refletem valores da empresa

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Albany (EUA) | Reuters

Três homens negros estão processando a companhia aérea American Airlines por suposta discriminação racial depois de terem sido retirados de um avião que partiria de Phoenix, no Arizona, para Nova York. Eles dizem que foram levados para fora da aeronave depois de um comissário de bordo, que é branco, reclamar de um cheiro forte de odor corporal.

Os homens afirmam que foram retirados do avião junto com outros cinco passageiros negros por cerca de uma hora e meia. O caso ocorreu em janeiro, e ainda não está claro o motivo de eles terem sido levados para fora. Os autores da ação acusam os funcionários da companhia de cometer racismo e descrevem o ato como um incidente "traumático, perturbador, assustador, humilhante e degradante".

Um avião da American Airlines está estacionado na pista, com equipamentos de solo próximos, sob um céu claro
Avião da companhia American Airlines em aeroporto no estado da Virgínia, nos Estados Unidos - 11.abr.2020/AFP

Os passageiros também acusam a companhia aérea de desrespeitar uma lei criada na época da Guerra Civil Americana, no século 19, que proíbe a discriminação racial. Eles pedem indenizações por dor e sofrimento, além de medidas punitivas por "conduta maliciosa intencional e imprudente".

A American Airlines disse em um comunicado que investiga o caso e que os acontecimentos relatados na ação não refletem os valores da empresa. "Levamos todas as acusações de discriminação muito a sério e queremos que nossos clientes tenham uma experiência positiva quando escolhem voar conosco."

Susan Huhta, advogada dos três denunciantes, disse que o caso aumenta a lista de um "histórico perturbador" relacionado a discriminação racial nas operações da companhia.

Segundo a imprensa americana, uma juíza aposentada de Chicago, que também é negra, apresentou no mês passado uma queixa contra a companhia após supostamente ter sido impedida de usar o banheiro da primeira classe durante um voo, embora tivesse comprado uma passagem para o setor.

Em outros casos que ocorreram no ano passado, a velocista Sha'Carri Richardson e o músico David Ryan Harris, que são negros, relataram nas redes sociais constrangimentos semelhantes.

Richardson disse que foi retirada de um avião por supostamente ter importunado um comissário, e Harris disse que foi considerado suspeito de tráfico de crianças enquanto viajava com seus filhos birraciais. A companhia aérea pediu desculpas a Harris e disse que Richardson recebeu uma passagem em um voo diferente.

Em 2017, a NAACP, principal organização americana de defesa de direitos civis, pediu a viajantes negros que não voassem com a American Airlines, mencionando uma série de supostos incidentes de cunho racial. A associação retirou a orientação depois que a companhia concordou em atualizar suas políticas e treinar funcionários contra práticas racistas.

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