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Equilibrio

"N�o tem como curar 100%, fica uma m�goa"

JULIANA VINES DE S�O PAULO

Demorou seis meses para a administradora de empresas Bianca Mangraviti, 30, se recuperar de um fora "bem dado" do ex-namorado e partir para outra.

"Eu sentia dor no peito, misturada com dor no est�mago, um n� na garganta. A rejei��o � pior do que a dor f�sica, porque n�o tem rem�dio que fa�a passar", diz.

Tudo aconteceu h� um ano e meio, quando ela come�ou a sair com um velho conhecido da fam�lia. "Ficamos juntos e foi muito intenso. Nos encontr�vamos tr�s vezes na semana, ele falava que queria ter filhos, fazia juras de amor. Eu, tonta, acreditei."

Foram tr�s meses de romance. At� o dia que ela recebeu uma liga��o definitiva. "Ele disse que queria terminar, n�o deu explica��o. Falou que n�o tinha tempo de conversar pessoalmente e, depois, foi assistir a um jogo do Brasil com os amigos."

O baque foi grande. "Eu tinha expectativas altas, fiquei me achando a pessoa mais desinteressante da Terra. S� comia chocolate e chorava", lembra. As amigas tentavam ajudar, pediam para que ela apagasse o sujeito das redes sociais, mas ela n�o ouvia: continuava seguindo os passos dele na internet e buscando explica��es.

"Um dia resolvi ouvir uma amiga e cortei rela��es. Se dependesse de mim, acho que estaria assim at� hoje. A gente alimenta a pr�pria dor."

Apagar das redes sociais foi o primeiro passo. O segundo foi tra�ar um novo objetivo. "Eu precisava mudar de foco. Como eu j� corria, coloquei a meta de terminar uma meia maratona. Esse foi meu rem�dio, o que me ajudou a n�o pensar mais."

Em tr�s meses, ela se preparou com ajuda profissional e conseguiu completar 21 km em 2h21min. A supera��o fez com que ela criasse coragem para procurar um novo namorado. "Me cadastrei em um site de relacionamento e conheci uma pessoa. Estamos juntos h� nove meses."

No �ltimo domingo, os dois participaram da mesma prova de meia maratona que Bianca correu um ano atr�s. "Baixei 11 minutos do meu tempo e, ao final, chorei muito ao lembrar de tudo que passei", conta.

Apesar do "ex" ser coisa do passado, ela diz que n�o se sente 100% curada. "Sempre fica uma dor. Se voc� v� a pessoa, se l� um e-mail antigo, ainda tem uma m�goa. Eu penso: Que falsidade...'"


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