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Carreiras e Empregos

Faixa de Gaza se torna inesperado polo de start-ups de tecnologia

Presen�a de universidades e incubadoras impulsiona iniciativas

RICARDO MIOTO DE S�O PAULO

Contra as expectativas, tem surgido na Faixa de Gaza um n�cleo de start-ups est�vel e bem sucedido.

Isso � poss�vel por dois motivos. Primeiro, h� m�o de obra dispon�vel. Cinco institui��es de ensino formam mais de 2.000 jovens em cursos de tecnologia por ano na conflituosa regi�o.

S� a University College of Applied Sciences tem 6.000 alunos -metade mulheres- em cursos que v�o de t�cnico em alum�nio ou em design (um ano) at� gradua��o em tecnologia da informa��o.

O outro motivo � que nos �ltimos anos surgiram na regi�o incubadoras voltadas para novos neg�cios de tecnologia.

Uma delas � Gaza Sky Geeks (GSG), criada em 2011 a partir de um projeto da ONG internacional Mercy Corps, com recursos doados pelo Google.

H� ainda a The Palestine ICT Incubator, que tem parcerias com Intel, Microsoft e ONU, com filial em Gaza, al�m de outras iniciativas bancadas por empresas privadas.

As incubadoras oferecem tanto mentoria quanto estrutura f�sica para que os projetos sejam desenvolvidos.

Entre os projetos que surgiram, est�o o Wasselni, um aplicativo para chamar t�xis, o Datrios, uma rede social espec�fica para torcedores de times de futebol �rabes.

H� ainda o I'm Alive, voltado para surdos, que traduz qualquer conte�do para a linguagem de sinais, e o Color Vision, para dalt�nicos -aponte o celular para uma cor e o aplicativo conta qual �.

Al�m desses, h� v�rias iniciativas em e-commerce e em softwares para atender necessidades corporativas.

H� agora at� um evento chamado Start-up Weekend, que neste ano teve sua quarta edi��o, reunindo diversos empreendedores. A grande patrocinadora do encontro � a Paltel, ou Palestinian Telecommunication Group, grupo privado que, com suas subsidi�rias de telefonia fixa, m�vel e internet, � a maior empresa da palestina.

Entre as dificuldades apontadas pelos participantes, duas se destacam.

A energia vive caindo na regi�o -derrubando junto os sistemas- e � muito dif�cil vender os produtos para o mercado externo. Nem tanto por falta de interesse de potenciais clientes, dizem, mas porque � bastante dif�cil enviar dinheiro para Gaza.

"Al�m disso, a reputa��o de Gaza como uma �rea de conflito afasta os investidores", disse Reem Omran, co-fundadora do Gaza Sky Geeks, ao site "Global Envision", que se dedica a buscar e divulgar solu��es de mercado para a pobreza.

"De qualquer forma, os maiores desafios s�o os enfrentados por start-ups em qualquer lugar. Muitos empreendedores de tecnologia s�o apaixonados pelo que fazem, mas transformar isso em um neg�cio vi�vel � que � a grande quest�o."


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