Folha de S.Paulo

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Cen�rios e perspectivas

Participei de alguns eventos nas �ltimas semanas que tratavam dos temas tend�ncias econ�micas e do mercado de trabalho.

Confesso que � dif�cil digerir tanta informa��o pouco palat�vel e mais ainda imaginar alternativas para que o cen�rio melhore. A situa��o � complexa e n�o vejo solu��es f�ceis de curto prazo que sejam eficazes.

Meu foco � o mercado de trabalho, principalmente. Em um dos encontros, os gr�ficos das pesquisas indicavam que a educa��o no nosso pa�s est� no mesmo patamar em que se encontravam os Estados Unidos na d�cada de 1950.

Esse � um problema cr�nico.

Claro que a falta de educa��o -ou melhor, a educa��o de baixa qualidade, como a nossa- impacta a economia fortemente, pois os estudantes, muitos analfabetos funcionais, ser�o arremessados no mercado de trabalho e corroborar�o com as nossas baixas estat�sticas de produtividade.

Muitas empresas, n�o s� no Brasil, � verdade, est�o sofrendo com a dificuldade para encontrar, atrair e reter profissionais qualificados que atendam suas necessidades.

Esse fato poderia ser at� visto como uma oportunidade, mas os mais interessados, os estudantes, n�o conseguem identificar essas oportunidades, at� por desconhecimento do mercado.

Essa � uma quest�o que impacta diretamente o potencial de crescimento dos neg�cios -sem pessoas qualificadas, as empresas n�o crescem.

Os empregadores tamb�m esperam que seus futuros colaboradores cuidem da autogest�o da carreira. Isso implica em dizer que as pessoas dever�o, cada vez mais, buscar o autodesenvolvimento e o aprimoramento profissional e o pessoal.

Ser� imperativo desenvolver, al�m do capital intelectual, que j� � um enorme desafio, tamb�m o seu capital social, que resumidamente significa comprometimento e capacidade para se conectar com pessoas, unir vis�es divergentes, construir consenso e manter a credibilidade, criar network, ter capacidade de lidar e tirar proveito das diferen�as.

H� muito trabalho pela frente.