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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Liquipar e Toyota entregam cheque de meio bilhão a Ratinho Jr.

Parceria entre grupo brasileiro e japonês prevê construção de primeiro terminal para exportação de biometano

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Brasília

Uma parceria entre a Liquipar e o grupo japonês Toyota Tsusho construirá no porto de Paranaguá (PR) o primeiro terminal de liquefação de biometano ("Bio-GNL") das Américas.

A iniciativa é resultado de um acordo entre o governo do Paraná, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina e a iniciativa privada.

O governador do Paraná, Ratinho Junior (dir.), e Cleiton Santos Santana (esq.), fundador e controlador do Grupo BSO
O governador do Paraná, Ratinho Junior (dir.), e Cleiton Santos Santana (esq.), fundador e controlador do Grupo BSO - Divulgação

"Não existem terminais no continente dedicados à exportação de Bio-GNL", disse Cleiton Santos Santana, fundador e controlador do Grupo BSO, do qual faz parte a Liquipar e a Stronghold Infra Investments.

De acordo com as estatísticas da Associação Brasileira de Biogás (Abiogas), o potencial brasileiro de geração do produto é de 44,1 bilhões de metros cúbicos (Nm3) por ano, e este expressivo volume pode contribuir significativamente para a neutralidade das emissões de CO².

O projeto é um dos passos fundamentais para o objetivo do governador do Paraná, Ratinho Jr., de transformar o estado que governa em uma "Arábia Saudita do biogás".

O mandatário paranaense prometeu que em seu governo seria criado um "ecossistema" de incentivo a essa energia limpa, com isenção de insumos, investimentos para a construção de gasodutos.

Em um ato simbólico, a Liquipar entregou a Ratinho Junior e ao presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Luiz Fernando Garcia da Silva, um cheque simbólico de R$ 572 milhões, que representam os investimentos da empresa na expansão da capacidade de seu terminal de granéis líquidos no porto de Paranaguá.

Com os investimentos, a capacidade atual do terminal será triplicada e um novo píer para recepção de navios será construído para atender ao terminal.

O volume não contempla o investimento da Toyota Tsusho na construção do terminal de liquefação de biometano, bem como a contratação do navio dedicado para armazenamento que ficará atracado no novo píer.

"O grande desafio da Liquipar na atualidade é consolidar-se como o mais eficiente e mais sustentável complexo de tancagem do Brasil e do mundo", disse Santana. "Pioneiro na exportação de etanol, o terminal deverá se beneficiar do crescimento da produção e exportação de biocombustíveis, como o biodiesel e o SAF (querosene de aviação verde), além é claro do Bio GNL no futuro."

A Liquipar, que, no começo de 2023, venceu o leilão para a concessão do terminal PAR50, um dos melhores complexos de tancagem do país, localizado no porto de Paranaguá, tem um contrato de concessão de 25 anos, prorrogável até 70 anos.

A empresa faz parte do Grupo BSO, um grupo brasileiro de gestão de ativos alternativos em áreas como energia e finanças.

Com Diego Felix

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