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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Eletrobras pede ao STF para não pagar R$ 3,6 bi ao Piauí

Ministro do STF concedeu suspensão de pagamento até que pleito da companhia seja julgado

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Brasília

A Eletrobras pediu ao Supremo Tribunal Federal que a livre de pagar R$ 3,6 bilhões ao Piauí por suposto descumprimento do acordo de federalização da Cepisa, a então distribuidora estadual de energia posteriormente privatizada pela União.

Em seu despacho, o ministro Luiz Fux decidiu suspender o pagamento até que a fórmula de cálculo do valor devido seja esclarecida.

Estátua em frente ao STF com olhos vendados, representando a Justiça - 07.jun.2023-Divulgação/STF

O caso remonta a 1997, quando o governo do Piauí e a União firmaram um acordo que resultaria na privatização da distribuidora, o que só ocorreu em 2018 e por um preço considerado pelo estado fora do que havia previsto o acordo.

À época, a Cepisa foi transferida para a iniciativa privada por R$ 50 mil, um valor irrisório perto dos ativos da companhia, mas que não cobriam as dívidas de R$ 2,4 bilhões.

O governo estadual afirma que, pelo acordo, receberia 90% da diferença entre o valor mínimo do lance e o valor efetivamente pago.

É essa diferença que o estado cobra desde 2000 com a devida correção monetária do período. A cobrança recai sobre Eletrobras, BNDES e União, trio que tinha sido condenado a efetuar o pagamento pelo STF.

No entanto, o banco foi liberado pelo plenário do STF após ter entrado com recurso. Na petição, o BNDES afirmou ter sido um intermediário no processo.

Diante do precedente, a Eletrobras também apresentou embargos para que fosse retirada do polo passivo, já que não é mais controlada pela União.

Esse pleito ainda será julgado e, até lá, a empresa pediu que o pagamento de R$ 3,6 bilhões ao governo do Piauí seja suspenso, o que foi concedido pelo ministro Fux.

Outro ponto pendente se refere ao método de cálculo.

Com Diego Felix

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