Grandes negócios do mercado brasileiro e internacional enfrentam hoje um suspense em torno da troca de três conselheiros do Cade, que saem em julho, podendo deixar o órgão sem quórum no segundo semestre.
Enquanto o Senado não libera a aprovação dos novos nomes, ficam no aguardo casos como a compra da Red Hat pela IBM por US$ 34 bilhões, uma megaoperação que, embora realizada globalmente, carece de autorizações de órgãos reguladores locais.
Protagonismo O processo está sob análise do Cade, mas se ela não ficar pronta até o fim do mandato dos conselheiros, a concretização do negócio global pode ficar prejudicada.
Vacilo Um atraso do tipo pega mal para a imagem do país. O conselho está tentando acelerar para analisar até o dia 15 de julho.
Variedade Outro desfecho que está pendurado no risco de falta de quórum do Cade é o julgamento do cartel do metrô de São Paulo. Há esforços no órgão para bater o martelo antes da troca de conselheiros.
Lição de casa Se ficar para depois, o novo membro vai precisar estudar o caso, o que prolongaria a novela. Fora a pressão política que pode nascer em torno da escolha dos novos nomes que teriam de julgar uma situação considerada tão sensível.
Escolhas Até agora, o que se sabe é que os novos nomes indicados pelo governo, Vinicius Klein e Leonardo Bandeira Rezende, geraram controvérsias.
Hashi Em tempos de arrocho, o grupo TrendFoods, que administra as redes China in Box e Gendai, vai adotar novos modelos de franquias, até 70% mais baratas para interessados em abrir lojas de uma das marcas. O investimento mínimo inicial, antes de R$ 650 mil, foi para cerca de R$ 190 mil.
Fogões Para diminuir custos, o grupo modernizou cozinhas. A previsão é de que sejam gastos R$ 12 milhões nas 200 unidades que estão em funcionamento. A opção mais barata de franquia é a de quiosque, um espaço de 9 metros quadrados, com investimento de R$ 195 mil.
Calor do momento Confiar na própria intuição é um fator imprescindível para se tomar decisões estratégicas, segundo 76% dos executivos de alta gerência ouvidos pela consultoria de recrutamento Talenses. O restante prefere olhar cada situação de forma mais fria. Ao todo, foram entrevistadas 216 pessoas.
Lista suja Mais da metade (54%) dos brasileiros dizem já ter ouvido algo sobre envolvimento do setor têxtil com problemas sociais e ambientais, segundo pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva a pedido da ABVTex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil). Foram ouvidas 1.040 pessoas.
Exploração Entre os que afirmam se recordar de algum problema, quase 70% mencionam questões trabalhistas, como o uso de mão de obra análoga à escravidão, exploração de migrantes e refugiados ou trabalho infantil. Na sequência aparecem questões ambientais, como poluição de rios e matas, citadas por 39% dos entrevistados.
Match Só 4% dos consumidores que usam aplicativos de paquera, como Tinder, Grindr e Happn, têm uma percepção positiva de anúncios publicitários divulgados nas plataformas. A maior parte (89%) não se importa com a presença de propagandas e 6% consideram a prática negativa, diz estudo da Isobar.
Pega mal Se já é delicado para as marcas fazer publicidade em aplicativos de paquera, o desafio é maior em sites de pornografia. O relatório diz que quando os clientes se referem a anúncios nessas plataformas é para falar mal.
Orçamento Aumentou o número de brasileiros que pegam dinheiro emprestado antes de viajar, de acordo com a fintech de crédito Lendico. O número de pedidos feitos para férias em maio subiu 4% na comparação anual e 28% em relação a abril. Quase 7 em cada 10 que enviaram solicitação tem entre 21 e 40 anos.
Com Igor Utsumi e Paula Soprana
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