Partido mais resistente em relação ao nome do coronel Ricardo de Mello Araújo (PL) como vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB), o União Brasil aceitou a indicação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a partir do compromisso de dirigentes nacionais das siglas de que terá o apoio do bloco partidário na próxima eleição para a presidência da Câmara Municipal de São Paulo.
Atualmente em seu sexto mandato como presidente do Legislativo paulistano, Milton Leite (União) tem reafirmado que não disputará a eleição para vereador. Os favoritos à sua sucessão no comando da Casa são os vereadores da legenda Rubinho Nunes e Ricardo Teixeira, que buscarão a reeleição.
Nesta sexta-feira (21), Mello Araújo foi anunciado como vice pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que estava acompanhado de Leite e Nunes.
O argumento do União Brasil, acatado por líderes de outros partidos, foi o de que o MDB terá o prefeito e o PL, o vice, em caso de sucesso na campanha de reeleição.
Na repartição dos poderes municipais, o União, então, deveria continuar no comando da Câmara, já que é o segundo maior partido da coligação em número de deputados federais, atrás somente do PL.
Com a saída anunciada de Leite, que ao longo de seus mandatos conseguiu administrar as diferentes alas da Câmara, o União Brasil percebeu a necessidade de reforçar suas alianças para tentar garantir continuidade no comando da Casa.
Atualmente, os partidos da coligação de Nunes têm 37 dos 55 vereadores da Câmara Municipal. Caso a proporção não mude de modo radical após as eleições deste ano, uma aliança de MDB, PL, União Brasil, PSD, Republicanos, Podemos e PP elegeria com facilidade o próximo presidente do Legislativo paulistano.
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