A inclusão rápida dos casos de André do Rap e de Chico Rodrigues (DEM-RR) na agenda do Supremo aponta que a gestão de Luiz Fux reservará boa parte das sessões do plenário para julgamentos criminais, o que não era comum com Dias Toffoli.
A decisão de tirar das turmas a análise de ações penais também vai reforçar esse movimento. Com os 11 ministros dedicados a julgar políticos com foro, com transmissão pública ao vivo, a tendência é de ter mais tensões entre o Supremo e o Congresso.
O novo formato também vai deixar o Supremo de novo suscetível a pressões da população e das redes sociais, como deve ocorrer no caso de Rodrigues.
Os ministros terão que julgar ainda no calor dos acontecimentos a polêmica decisão de Luís Roberto Barroso de afastar o parlamentar flagrado com dinheiro na cueca e entre as nádegas, depois de ampla repercussão.
A análise do caso do senador deve expor, até mais do que no episódio do chefe do PCC, as divisões da corte. O julgamento envolve a discussão sobre a separação entre os Poderes e medidas ligadas ao combate à corrupção.
TIROTEIO
Usei o discurso do [Walter] Casagrande para ironizar a casa grande. Errei. Não cabe ironia com uma dor que eu não senti
De Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de SP, sobre tuíte em que disse que 'tem Casa Grande que vale a pena', criticado nas redes sociais
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