Desesperado com as pesquisas eleitorais, Jair Bolsonaro tirou uma calça jeans pela cabeça. Em seguida, decidiu se aprofundar na sua grande vocação: cuidar de si mesmo.
"Já garantimos o Auxílio Centrão com o orçamento secreto. Agora estamos em busca do Auxílio Segundo Turno com o aumento do meu Bolsa Família para R$ 600. Vamos fazer um Pix esperto para caminhoneiros e taxistas. Como somos um governo sem preconceitos, também criamos o Auxílio Fuzil para o PCC", discursou o presidente.
Todos esses projetos estarão agora sob o guarda-chuva do Auxílio Reeleição. "Era preciso organizar tudo dentro de uma estratégia clara, com metas, análise de desempenho e tudo mais. O presidente pode contar comigo. Como já disse, sou um cara que sabe fazer dinheiro", completou Fabrício Queiroz.
Bolsonaro e seus filhos aproveitaram o embalo para apresentar novidades do Auxílio Reeleição.
Em suas andanças pelo Brasil, Bolsonaro levará centenas de aviõezinhos de R$ 100 para jogar para os populares aos gritos de "quem quer dinheiro?".
Haverá também o quadro "Dudu na Minha Casa", em que Eduardo Bolsonaro entrará na casa das pessoas e dará um cheque de R$ 500 caso encontre uma bandeira do Brasil.
Para pagar todas as novas despesas, o presidente contratou uma consultoria especializada. "Respeito o Paulo Guedes, que estudou em Chicago e fez PhD na PQP. Mas o bagulho agora está sério e o posto Ipiranga não entende a malandragem econômica das ruas. Para viabilizar todos esses pagamentos, vamos dar continuidade ao vitorioso e inovador sistema que implementamos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. As rachadinhas são o maior esquema de distribuição de renda do Brasil", afirmou o consultor, cujo nome ficará em sigilo por cem anos.
Depois de vender um Fiat Elba 84 por R$ 5 milhões, o consultor misterioso também sugeriu a criação de um amplo programa para arrecadar doações. "O Lambança Esperança vai levantar fundos para tumultuar a eleição. Contamos com a contribuição de todos os empresários que não assinaram a "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito", convocou.
Em paralelo, o consultor estuda uma mudança na comunicação do Bolsonaro. "Ele já acelerou os programas de distribuição de renda e caprichou na língua presa. O próximo passo para conseguir mais votos é começar a falar com a voz rouca", afirmou.
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