Congresso do Peru aprova acusação contra Castillo, que vê cerco jurídico se fechar
Ex-presidente, que fracassou em tentativa de golpe, pode responder a ação penal por corrupção
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O Congresso do Peru aprovou nesta sexta-feira (17) a acusação do ex-presidente Pedro Castillo e de dois de seus ministros por corrupção e lavagem de dinheiro, o que permite que o Ministério Público instaure ações penais contra o ex-líder.
A votação teve 59 parlamentares a favor, 23 contra e três abstenções.
O documento declara a instauração de processo penal contra Castillo por ser o suposto autor dos crimes de organização criminosa, tráfico de influência e conluio.
A tese do Ministério Público é de que o ex-presidente dirigia uma rede de corrupção, lavagem de dinheiro e concessão de obras públicas formada por seu entorno familiar e político.
Os ex-ministros dos Transportes, Juan Silva, e da Habitação, Geiner Alvarado, também foram apontados pela votação no Congresso. Durante o debate, as bancadas de esquerda defenderam Castillo, alegando que ele foi acusado em um processo sem provas.
O próprio Castillo, convidado a comparecer por videoconferência perante o plenário para exercer seu direito de defesa, solicitou que sua apresentação fosse presencial, o que foi rejeitado pelo Parlamento.
O político está detido em uma prisão de Lima desde 7 de dezembro, acusado de rebelião, após tentar dissolver o Congresso e governar por decreto. Depois disso, o Legislativo o destituiu e nomeou Dina Boluarte, sua vice, como presidente.
A saída de Castillo do poder desencadeou uma onda de protestos que deixaram 48 mortos pela repressão policial. Os manifestantes exigem a renúncia de Boluarte e novas eleições gerais.
Na mesma sessão de sexta, o congresso também declarou o presidente colombiano Gustavo Petro como "persona non grata", por ter comparado a polícia peruana e as tropas nazistas. A moção, aprovada com 72 votos a favor, 29 contra e sete abstenções, insta o Executivo a garantir que o Petro não entre no Peru.
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