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Zelensky já está em Espanha para fechar entrega de armamento

Apoio do governo espanhol está avaliado em 1.13 mil milhões de euros. Contam-se, entre outras armas, 12 mísseis antiaéreos Patriot e 19 tanques Leopard 2A4.

Depois de ter cancelado as visitas a Portugal e Espanha devido à ofensiva russa em Kharkiv, o presidente ucraniano já chegou esta segunda-feira a Espanha para fechar um acordo de entrega de armas. É a primeira visita bilateral de Zelensky a este país deste que se tornou presidente da Ucrânia em 2019, indica o jornal ucraniano Kyiv Independent.

Reuters
Entre estas armas avaliadas em 1.13 mil milhões de euros, avança o El País, estão 12 mísseis antiaéreos Patriot, 19 tanques Leopard 2A4, munições e equipamentos anti-drone. Trata-se da maior ajuda militar espanhola desde que começou a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, e será oficializada com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, e o rei Felipe VI.

Depois de Madrid, está na agenda do Presidente ucraniano seguir para Portugal na terça-feira onde ficará por um dia.

Segundo imagens divulgadas pela televisão pública espanhola, Zelensky foi recebido na pista do aeroporto de Madrid pelo rei Felipe VI. Trata-se da primeira visita oficial do Presidente ucraniano a Espanha. Zelensky deverá assinar um acordo bilateral de segurança com Pedro Sánchez e terá um encontro com o rei antes de participar num almoço em sua honra e de visitar o Congresso, noticiou hoje a agência espanhola EFE.

O jornal acrescenta que o acordo de defesa envolve contratos de milhões de euros para a indústria de defesa espanhola, uma vez que o equipamento militar será fabricado por empresas espanholas como a TRC, Indra, Escribano, Uro, Expal e Instalaza.

A visita é a primeira de cariz bilateral oficial de Zelensky a Espanha, embora já tenha estado em Granada em outubro passado para a cimeira da Comunidade Política Europeia, no âmbito da Presidência espanhola do Conselho da União Europeia (UE).

A visita, inicialmente prevista para 17 de maio, mas que teve de ser cancelada devido à ofensiva russa na Ucrânia, só foi oficialmente confirmada ao início da noite de domingo pelo Palácio Moncloa, por razões de segurança.

O executivo espanhol limitou-se a informar que Sánchez receberá o Presidente ucraniano na Moncloa às 12:00 (11:00 em Lisboa), após o que ambos comparecerão numa conferência de imprensa.

Pouco depois desta comunicação, a Casa do Rei informou que Felipe VI receberá Zelensky no Palácio Real às 14:00 (13:00 em Lisboa) e 45 minutos mais tarde terá lugar um almoço em sua honra.

Entretanto, fontes da Presidência do Congresso disseram à EFE que o presidente ucraniano visitará a Câmara dos Deputados durante a tarde.

Prevê-se que Sánchez e Zelensky assinem na Moncloa o acordo bilateral de segurança que ambos deveriam ter assinado a 17 de maio e ao qual o Presidente do Governo se referiu no Congresso na passada quarta-feira, quando garantiu que seria assinado quando as circunstâncias o permitissem.

No acordo, semelhante ao que a Ucrânia está a assinar com outros países, a Espanha compromete-se a continuar a prestar apoio militar à Ucrânia no seu conflito armado.

Sánchez tem vindo a reiterar o apoio da Espanha à Ucrânia, como confirmou a Zelensky na conversa telefónica que tiveram a 7 de maio, na qual garantiu esse apoio durante o tempo que for necessário.

Aquando da visita anunciada para 17 de maio, esteve igualmente prevista a visita do Presidente ucraniano a Portugal, que deverá visitar ainda hoje ou terça-feira.

Sábado, durante uma visita à sede do Banco Alimentar Contra a Fome, em Lisboa, o Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, foi questionado sobre uma eventual visita do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a Portugal na terça-feira

"Eu para terça-feira só posso confirmar uma coisa: é que recebo em visita de Estado o Presidente da República Dominicana. Está marcado há muito tempo", respondeu o chefe de Estado, acrescentando: "É aquilo que está na minha agenda para terça-feira, se souberem mais do que eu, fico muito agradecido pela informação".

Entretanto, a visita já foi confirmada pela imprensa portuguesa.

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