Evento está marcado para junho na Suíça. "Por favor, mostrem a vossa liderança ao fazer avançar a paz - a paz real e não só uma pausa entre ataques", pede presidente da Ucrânia.
Zelensky apela a presença de Biden e Xi Jinping em cimeira de paz
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apelou este domingo aos líderes dos EUA e China a que estejam presentes na cimeira de paz na Ucrânia que se realiza na Suíça em junho.
Ukrainian Presidential Press Service/Handout via REUTERS
Num vídeo gravado dentro de uma gráfica em Kharkiv atingida por um ataque russo, que matou quatro pessoas, Zelensky garantiu que a Cimeira Global da Paz "vai mostrar quem no mundo quer mesmo acabar com a guerra".
"Estou a apelar aos líderes do mundo que ainda não integraram os esforços globais da Cimeira Global da Paz - ao presidente Biden, ao líder dos Estados Unidos, e ao presidente Xi, líder da China", afirmou o presidente ucraniano. "Por favor, mostrem a vossa liderança ao fazer avançar a paz - a paz real e não só uma pausa entre ataques."
Segundo Zelensky, mais de 80 países vão estar presentes na cimeira. Há 27 meses que a Rússia invadiu a Ucrânia e, nas últimas semanas, as forças de Moscovo têm conseguido alguns avanços e aumentaram os ataques aéreos sobre cidades, especialmente na região de Kharkiv. Um deles atingiu uma loja em Kharkiv e matou pelo menos 14 pessoas.
No seu plano de paz, Kiev pede a retirada total das tropas russas e o restauro das fronteiras reconhecidas pela comunidade internacional, o que Moscovo nega. Na semana passada, fontes russas indicaram à agência noticiosa Reuters que Putin estava disposto a parar a guerra na Ucrânia através de um cessar-fogo negociado e que dê à Rússia os territórios agora ocupados.
Em resposta, Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, disse que Putin estava a tentar "fazer descarrilar" o evento na Suíça por "ter medo do seu sucesso". "A sua comitiva envia estes sinais falsos de alegada prontidão para um cessar fogo apesar do facto de as tropas russas continuarem a atacar brutalmente a Ucrânia enquanto os mísseis e drones continuam a chover em cidades e comunidades ucranianas", afirmou Kuleba.
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