Com o antigo dono do BES a viver num mundo embaciado pela doença de Alzheimer, é a mulher, Maria João, quem assiste ao desmoronar de tudo. Sem os filhos, cada um no seu país, longe dos netos, tornou-se enfermeira numa casa silenciosa e viu todos os ilustres que se diziam amigos virarem-lhe costas. Da vida entre Nova Iorque, Brasil e Comporta restam apenas as memórias, mas quem a conhece diz que Maria João é resiliente, um rochedo, que não quebra. "Ele é um homem com muita capacidade, muito inteligente, mas não resistia se não fosse a mulher", fez saber um padre, amigo da família há mais de 20 anos.
Juliana Viela Drummond foi o nome que os deputados pediram para ser ouvido na comissão de inquérito. Trata-se da nora do presidente da República, que sempre foi avessa ao mediatismo e agora será enviada para o centro do furacão. Se aceitar prestar depoimento, não poderá fazer o mesmo que o marido, e terá de contar toda a verdade.
No Brasil, Daniela dedica-se a tempo inteiro às filhas e não esconde que cuidar das meninas sozinha a levou a um "esgotamento físico, mental e financeiro". Enquanto se desdobra para que nada falte a Lorena e Maité, o pai das gémeas tem estado ausente das redes sociais das meninas, sendo que o seu desaparecimento misterioso tem dado que falar.
O nome Juliana Vilela Drummond, a nora de Marcelo Rebelo de Sousa, continua a fazer na comissão de inquérito sobre o caso das gémeas que receberam o medicamento de 4 milhões de euros.
Daniela Martins, a mãe das gémeas tratadas com o medicamento mais caro do mundo, tinha empresa que vendia brinquedos sexuais mas o negócio não correu bem.
Condição especial de Lorena e Maité faz com que as meninas tenham de submeter-se a mais de 40 terapias semanais e sejam acompanhadas por quase 30 profissionais de saúde. Daniela, a mãe no centro da polémica, deixou de trabalhar e enfrenta sozinha o drama das meninas, porque a meio do processo o casamento não resistiu.