1. Fala-se, de vez em quando, das guerras de audiências à tarde, entre SIC e TVI, ou melhor, entre Júlia Pinheiro, da SIC, e Manuel Luís Goucha, da TVI, e poucos se lembram de Tânia Ribas de Oliveira, que faz totalmente diferente dos dois colegas da concorrência.
Se Júlia insiste em apostar, dia após dia, na desgraça alheia, seja com figuras públicas ou pessoas anónimas – com bons resultados, diga-se –, e Goucha nos traz (quase) sempre uma boa conversa, e inteligente, mesmo quando tem pela frente concorrentes de reality shows, Tânia dá espaço e palco a todos, com respeito, com solidariedade, com simpatia e elegância, com uma mensagem positiva. Gosto sinceramente do que vejo e, não sendo líder de audiências, encaixa bem no espírito de uma estação pública.
2. A SIC apostou recentemente numa nova temporada de ‘Terra Nossa’, que já elogiei aqui no passado, apesar de alguns esticanços de César Mourão, mas o programa tarda em dar resultados à estação de Paço de Arcos, ora perdendo para o confrangedor ‘Congela’, ora perdendo para uma (pobre) festa de verão da TVI com sabor a outono.
O que mudou então desde 2018 para agora, se a fórmula se mantém, praticamente igual? Talvez o facto de Daniel Oliveira ter decidido transmitir episódios e mais episódios repetidos, entre gravações de novas séries. Eu, que já me ri a valer com as prestações do humorista, de norte a sul do País, com famosos ou populares castiços, cansei-me.