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Baruch de Espinosa
Edi��o bil�ngue
640 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-65-5525-173-9
2024
- 1� edi��o
Baruch de Espinosa, ou Spinoza (1632-1677), nasceu em Amsterd�, filho de pais judeus emigrados de Portugal. Aos 24 anos, por suas opini�es pouco ortodoxas, foi expulso da sinagoga da cidade e acabou se mudando para Haia, onde publicou duas obras em vida: os Princ�pios da filosofia de Descartes (1663) e o Tratado teol�gico-pol�tico (1670), este editado de forma an�nima. Sua obra magna, a �tica demonstrada segundo a ordem geom�trica, s� veio � luz no final de 1677, ap�s a sua morte, com a publica��o, por amigos, das Opera Posthuma, tendo logo entrado para o Index da Inquisi��o.
Constitu�da de cinco partes � �De Deus�, �Da natureza e da origem da mente�, �Da origem e da natureza dos afetos�, �Da servid�o humana, ou das for�as dos afetos� e �Da pot�ncia do entendimento, ou da liberdade humana� � e abordando quest�es de ontologia, epistemologia, f�sica e psicologia, a �tica acabou se tornando uma das obras mais influentes do pensamento ocidental, sendo debatida apaixonadamente at� os dias de hoje.
Combinando o m�todo euclidiano (usando de defini��es, postulados, axiomas, proposi��es, demonstra��es, corol�rios e esc�lios) com o pessoal e o subjetivo (recorrendo � imagina��o, ao corpo e � sensibilidade), o rigoroso trabalho intelectual de Espinosa parte da defini��o heterodoxa de que Deus est� em tudo e tudo � Deus, para, assim, demonstrar passo a passo como podemos lidar com os nossos afetos e usarmos a pot�ncia do nosso intelecto para escapar da servid�o e atingir a liberdade e a plenitude enquanto seres humanos.
O presente volume, bil�ngue latim-portugu�s, baseia-se na can�nica edi��o Gebhardt da �tica, e traz a apurada tradu��o de Diogo Pires Aur�lio, um dos maiores especialistas da atualidade na obra de Espinosa, que tamb�m assina as notas e a introdu��o a este grande cl�ssico da filosofia moderna.
Sobre o autor
Baruch de Espinosa, também grafado Spinoza, nasceu em Amsterdã, em 1632, filho de pais portugueses. Educado na tradição judaica, seguiu de início os passos do pai e, após a morte deste, dirigiu com o irmão a firma “Bento y Gabriel de Espinoza”. Cedo, porém, as suas opiniões colidiram com a comunidade, da qual foi expulso aos 24 anos. Deixa então Amsterdã, abandona os negócios e dedica-se aos estudos, sobrevivendo como polidor de lentes. Vive em Rijnsburg e em Voorsburg, e depois se estabelece em Haia, a capital, onde viverá até a sua morte, em 1677. Lança dois livros em vida: os Princípios da Filosofia de Descartes, em 1663, e o Tratado Teológico-Político, publicado de forma anônima em 1670. A Ética, seu opus magnum, será publicada postumamente por seus amigos, junto com outros inéditos, entre eles o inacabado Tratado Político.
Sobre o tradutor
Diogo Pires Aurélio, doutor em filosofia moral e política, é professor jubilado da Universidade Nova de Lisboa, professor convidado da Universidade Católica Portuguesa e pesquisador do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto. A par do percurso acadêmico, foi diretor da Rádio-Difusão Portuguesa (1979-1980), administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (1989-1995), presidente da Comissão Nacional da Unesco (1998-2002) e diretor da Biblioteca Nacional de Portugal (2002-2005). Publicou, entre outros, os livros Imaginação e poder: estudo sobre a filosofia política de Espinosa (2000), Um fio de nada: ensaio sobre a tolerância (2010), O mais natural dos regimes: Espinosa e a democracia (2014) e Machiavelli’s Discourses on Livy: New Readings (2021). Além de O Príncipe, de Maquiavel (2008), traduziu para o português e editou as principais obras de Espinosa: o Tratado Teológico-Político (1988), o Tratado Político (2008, Prêmio de Tradução Científica e Técnica da União Latina) e a Ética (2020).
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