• Alice Coy
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Pretty in pink (Foto: Divulgação)

LoveShackFancy (Foto: Divulgação)

Enquanto muitas marcas de moda batalharam para manter o fluxo de vendas durante a pandemia, a americana LoveShackFancy registrou um junho com números recordes. Vários itens da label, como o vestido Norma, se esgotaram. Branco, romântico e esvoaçante, se tornou a escolha de muitas noivas que viram suas festas de casamento se transformarem em celebrações mais íntimas. Já o Constantine, outro vestido (eles são o carro-chefe da etiqueta), teve todas as unidades vendidas em minutos, depois de ter sido usado por Jennifer Lopez.

Com preços intermediários (ou seja, entre os valores de marcas de moda mais tradicionais e os de fast-fashion), presença forte nas redes sociais e comunicação direta com os consumidores, a marca faz parte de uma nova linha de business que não depende tanto das lojas de departamento. Metade de sua receita vem do e-commerce e dos endereços físicos próprios (são cinco, entre Los Angeles, Nova York, Newport Beach e Palm Beach). “É claro que o produto é excelente, mas acho que também temos um universo que é muito lúdico e romântico. Durante esses meses difíceis, usar uma roupa tão alegre talvez tenha sido o escapismo que algumas pessoas buscavam”, diz Rebecca Hessel Cohen, fundadora da label, por telefone de sua casa em Nova York.

Ainda que seja mais focada em um modelo de vendas direto, a LoveShackFancy também está presente em multimarcas importantes ao redor do mundo, caso da britânica Harrods e da brasileira CJ Mares (localizada no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo). “Desde que entrei no showroom da marca, me apaixonei pelo trabalho da Rebecca, que é uma pessoa e profissional encantadora. Sua inspiração vintage, o ar romântico e os shapes femininos a tornaram hit de vendas também por aqui”, conta Erika dos Mares Guia.

A grife foi lançada em 2013, quando Rebecca era editora de moda de uma revista americana e, prestes a se casar, não encontrava o vestido certo para as madrinhas. Resolveu criar os modelos e, aos poucos, foi recebendo outros pedidos de amigas e conhecidas. Começou vendendo em butiques nos Hamptons, depois assinou uma coleção para o Goop a pedido de Gwyneth Paltrow e, hoje, caminha para se tornar uma marca de lifestyle. Além de já oferecer itens para casa, planeja uma linha fitness para o futuro próximo. “Cresci indo na Ralph Lauren com a minha mãe, e é realmente uma experiência imersiva. Desde o prato onde servem uma comida, até o cheiro, a decoração, tudo. Acho que isso ficou enraizado em mim”, diz.