• Redação Vogue
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Euphoria (Foto: Divulgação)

Cena de Euphoria (Foto: Divulgação)

A nova temporada de “Euphoria, que estreou no último domingo (9), promete levantar assuntos delicados e ao mesmo tempo pautar sobre o autoconhecimento dos jovens personagens, a identidade de gênero e outros assuntos relacionados à comunidade LGBTQIAP+.

“A série traz temas extremamente necessários, saindo da abordagem superficial”, aponta a influencer Maria Eugênia Cordeiro (@Mariaeucor), influenciadora que usa sua visibilidade nas redes sociais para dar voz às questões do movimento. “Hoje é mais do que necessário falarmos da adolescência sem romantização, assim como os temas trazidos pela produção com exposição de nudes, violência transsexual, pedofilia, sexualização da mulher, identidade de gênero, dependência emocional, o vício de drogas como uma doença e não como uso "recreativo", explica.

“Rue, a protagonista, se relaciona com uma mulher trans, a Jules, e um ponto muito importante é que a série não mostra a relação como uma 'descoberta' ou 'algo novo'. É simplesmente sobre a existência natural daquelas pessoas como elas realmente são. Porque afinal, é esse tipo de representatividade que queremos ver: pessoas reais, com quem nos identificamos”, aponta. 

Pautada por essa ideia, Maria Eugênia indica quatro séries que trazem representatividade LGBTQIAP+ como deve ser, dando espaço para todos.

Queer Eye

A princípio Queer Eye, da Netflix, não parece ser tudo aquilo. Apenas mais um reality show em que pessoas têm suas vidas transformadas. Mas a série atravessa a barreira da tela. Comandado por cinco especialistas de estilo, o roteiro propõe não só mudar o estilo de vida dos participantes, mas também de sua própria audiência.

"Ver pessoas da comunidade LGBTQIAP+ conquistando seu próprio reality no maior serviço de streaming do mundo e exalarem autoconfiança, presença e amor-próprio é se sentir representado. É ocupar lugares antes nunca imaginados e fazer com que o diálogo chegue a mais pessoas", diz.

Queer Eye (Foto: Reprodução/ Instagram)

Queer Eye (Foto: Reprodução/ Instagram)

Rebelde (2022)

Diferente da primeira produção, a versão 2022 de Rebelde produzida pela Netlix serve o banquete exigido pela Geração Z: não há necessidade de discussão ou explicação sobre a sexualidade dos personagens. Tudo segue na maior maturidade de se existir, do personagem Luka que é gay e faz sucesso com os looks, ao romance entre Andi e Emília, que é completamente contagiante.

Rebelde (2022) (Foto: Reprodução/ Instagram)

Rebelde (2022) (Foto: Reprodução/ Instagram)

Sex Education

Uma verdadeira aula sobre sexualidade, a série discute a bissexualidade, assexualidade, homossexualidade, pansexualidade e mais, de forma leve e descontruída. A série poderia ser tipicamente uma trama de ensino médio com um enredo constrangedor sobre sexo, mas ao invés disso é uma avalanche de representatividade, sensibilidade e comédia.

Sex Education (Foto: Reprodução)

Sex Education (Foto: Reprodução)

The L Word e The L Word Geração Q

Em 2004, quando The L Word (A Letra L em português) foi lançada, a série foi um alívio para comunidade lésbica em busca de um entretenimento que a representasse. Embora a série, que mostra a vida e relação amorosa de um grupo de amigas, fosse insuficiente em vários contextos – principalmente quando trouxe o personagem trans Max para a história escalando uma atriz cisgênero para o papel –, não se pode negar que foi grande marco para a comunidade.

Já a refilmagem de 2019 não ganhou apenas novas palavras em seu título, mas o enredo e elenco mostram que a produção aprendeu a lição com uma versão mais politizada e muito mais consciente das questões que abordam a comunidade LGBTQIAP+

The L Word (Foto: Reprodução/ Instagram)

The L Word (Foto: Reprodução/ Instagram)