• Bruno Costa (@brogueirinho)
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Zendaya como Rue em Euphoria (Foto: Reprodução / Instagram)

Zendaya como Rue em 'Euphoria' (Foto: Reprodução / Instagram)

Preciso ser honesto com você que irá ler este review. A nova temporada de Euphoria veio com tudo e vou me controlar para não fazer disso um mar de spoilers, para assegurar que você tenha a mesma surpresa e sensações ao assistir, assim como as tive.

Parei no quarto episódio para entender a grande base do que se trata a continuação e resumir o principal aqui. A série continua bem amarrada, não parece que as produções foram cessadas por conta de uma pandemia. E a sede por novidade continua, cada episódio se encarrega em deixar o telespectador com vontade de quero mais.

Quando me perguntam sobre o que é Euphoria, digo que é uma série que expõe os vícios, amores, ardências, medos e angústias da geração Z e dessa vez, parece que está mais forte ainda, mas com a mão na consciência, para que os problemas da temporada passada sejam, no mínimo, resolvidos. Todos eufóricos, com perdão do trocadilho.

Cena de Euphoria (Foto: Reprodução / Instagram)

Cena de 'Euphoria' (Foto: Reprodução / Instagram)

Quando relembramos que lá no episódio especial da Rue (Zendaya), abre-se um poço de esperança em ver a protagonista (dona do Emmy de melhor atriz em série de drama de 2020), sóbria de vez, já sabemos que não é simples assim, até porque, é assim que a acaba a primeira temporada. Rue tem muitos percalços e dilemas por dentro que são anestesiados e balizados com o consumo de drogas e a série toma propriedade de explorar isso. Estamos falando de uma personagem de 17 anos e tudo bem não saber como resolver os problemas de um dia para o outro. Ela faz o que ela pode e consegue. Seja da melhor ou pior forma possível.

Nessa nova saga, Jules (Hunter Schafer) reluz cada vez mais. Sua presença é sempre como um clarão à vida das pessoas pelas quais a personagem se cerca. E é lindo ver como a geração Z lida com mais tolerância (pelo menos na ficção) a questão de gênero. It doesn't matter if you love him or capital H-I-M, Just put your paws up, 'Cause you were born this way, baby – canta Lady Gaga em Born This Way e acredito que isso resume bem a realidade de Jules em Euphoria. Ela é o apoio e suporte que Rue muitas vezes não encontra sozinha. Mas, nem sempre é fácil carregar este peso sendo outra garota de 17 anos.

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Não apenas um, mas dois novos triângulos amorosos surgem para abalar as amizades e relações sexuais e, novamente, a série busca montar o quebra-cabeça do que está por trás de toda essa ânsia e tensão sexual, cheia de hormônios desses jovens do high school. Vem muito drama por aí.

Vale apontar também em como a nova temporada se propõe a contar mais sobre as histórias de personagens secundários. Dá mais estímulo para compreender a personalidade e narrativa de cada um e como o tudo vai se interligando, dando vazão a entender os papéis mais a fundo, tanto quanto ao enredo.

Não tem como colocar defeito na trilha sonora. Drake (produtor executivo da série), seu trabalho está sendo bem-feito mais uma vez.

O que posso dizer é que Euphoria é assim, quando você pensa que entendeu o episódio, ou que tudo vai terminar como o previsto, chega aquele plot twist, que também faz todo sentido à história, mas que vai te deixar na ansiedade para ver logo a continuação. Merece todos os streams e indicações nas premiações. Deixo vocês com o trailer e trilha original cantada por Labrinth e Zendaya, All For Us.

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