Fundo árabe quer abrir nova bolsa de valores no Brasil, diz jornal; ações da B3 (B3SA3) caem mais de 3%

De acordo com a nota publicada hoje, o início das operações deve ocorrer no segundo semestre de 2025 e terá como presidente Claudio Pracownik, que esteve à frente da Ágora e da Genial Investimentos.

Com sede no Rio de Janeiro, a nova bolsa ainda não tem nome definido, que está sendo desenvolvida por uma empresa contratada, segundo a coluna.

Em resposta a questionamento do Valor Investe, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regulamenta o mercado de capitais no Brasil, informou que "o assunto está sendo analisado no âmbito do Processo Administrativo CVM 19957.007868/2023-64" e que "a autarquia não comenta casos específicos". O processo ainda não está público.

"É importante informar que está em vigor a Resolução CVM 135, que regulamenta a autorização de Entidade Administradora de Mercado Organizado e de autorização para o funcionamento de Mercado Organizado de Bolsa e de Balcão Organizado", finalizou a CVM.

Os papéis da B3, que pode vir a perder seu monopólio caso os rumores sobre o Mubadala se confirmem, operaram em queda no pregão de hoje e fecharam com recuo de 3,2%, cotados a R$ 12,42.

Segundo apuração do Valor, citando fontes, o Mubadala deve ressuscitar os planos da Américas Trading Group (ATG), adquirida pela mundo árabe há um ano, de se tornar uma bolsa de valores no Brasil. A compra da ATG ocorreu pouco tempo depois de o fundo fechar uma rodada de investimento na fintech Cerc, de registro de ativos financeiros.