Na corrida dos aplicativos de pagamentos, toda parceria conta. E os clientes poupam com isso

RecargaPay realiza em agosto ação contra o desperdício de alimentos com a Food To Save

Por Gabriela da Cunha, Valor Investe — Rio


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Na concorrida disputa para ser 'numero 1' entre os clientes, várias instituições financeiras e empresas ofertantes de serviços financeiros têm aprimorado a tecnologia embarcada em seus aplicativos e ampliado a cesta de produtos para os clientes. No conjunto de atrativos, vale até ir além do que facilita a vida em termos de pagamentos e investimentos.

No caso da RecargaPay, app de pagamentos e que em 2022 recebeu autorização do Banco Central para atuar como instituição de pagamento na modalidade emissor de moeda eletrônica, realiza este mês uma parceria coem a Food To Save. A foodtech é conhecida por oferecer a preços mais acessíveis sacolas de produtos alimentícios aptos para consumo e dentro da validade, mas que já não atendem mais aos padrões estéticos de supermercados, lanchonetes e lojas de doces.

Com isso, os novos clientes do RecargaPay terão um desconto de R$ 10 em pagamentos para a Food To Save via pix com cartão de crédito. Ou seja, além dos descontos de até 70% proporcionados pela startup, que usa tecnologia para promover inovações no ramo alimentício, o cliente ainda adiciona um cupom de desconto extra. Nesta opção de compra, ainda há alternativa de parcelar o valor.

A promoção no aplicativo de pagamentos, que permite consolidar cartões de crédito e débito, realizar pagamentos instantâneos como pix, ter acesso empréstimos, além de serviços como recargas de celular, é válida para compras a partir de R$ 30 e durará todo o mês.

Ao mesmo tempo, a parceria também representa um passo da Food to Save em relação ao incremento de formas de pagamento. Além de passar a disponibilizar o pagamento via RecargaPay, o app da foodtech terá novidades em setembro, com o acréscimo de vouchers, como vale-refeição e alimentação, explica Murilo Ambrogi, sócio-fundador e gestor da área de marketing da Food to Save.

"Alguns desenvolvimentos de soluções são feitos internamente e outras com parcerias externas. Nossa intenção é ofertar o maior conjunto possível de opção de pagamentos para facilitar a rotina dos estabelecimentos parceiros e atrair mais consumidores engajados em diminuir o impacto do desperdício de alimentos".

A foodtech começou as atividades em 2020 e de partida ofertava os produtos com pagamentos por cartões. Depois, o pix via app foi acrescido e uma mudança importante foi percebida. "Passamos a dialogar ainda mais com o público classes C e D que nem sempre tem cartão de crédito. Houve um incremento de 10% no nosso volume e hoje o pix representa 50% de tudo que vendemos", explica.

Ambrogi ressalta que a ação dos clientes fez com que 1.400 toneladas de alimentos "fossem salvas", como o próprio nome da empresa sugere. "São pessoas que são atraídas pela diferença de valor, mas que também têm consciência e se deixam provocar pela experiência de comer algo fora do padrão. Um pão pode não estar 'fresquinho' para o café da manhã, mas rende uma ótima torrada. Um ovo de páscoa continua apto para consumo mesmo se uma das partes estiver quebrada. Então essa é a nossa provocação: lutar contra o desperdício de alimentos", sustenta.

Mesmo com o poder de consumo pressionado ao longo de 2022 - a inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em 5,79% - os consumidores não desapareceram da plataforma. Fez diferença menos na decisão de comprar e mais o valor a ser gasto, observa o executivo. Agora, em 2023, o ticket médio investido em cada sacola está aumentando gradualmente.

"Começamos a sentir que existe a procura por sacolas de alimentos de valor mais alto, mesmo com o viés de desconto muito enraizado na população brasileira. Percebemos que as classes B e C ainda estão se recuperando, com muitas pessoas desempregadas. Mas queremos ser uma ferramenta para a pessoa comprar com economia", comenta Ambrogi.

Ao todo, são três mil estabelecimentos cadastrados na plataforma, entre eles: Rei do Mate, Havanna, Dídio Pizza, Natural da Terra, Hortifruti, Duckbill, Megamatte, Biscoitê, Gurumê, Lecadô e Brownie do Luiz. Ao usar o app da foodtech e favoritar um dos pontos de vendas, o usuário recebe alertas de quando as ofertas estão disponíveis.

Com a estratégia de conectar os estabelecimentos que possuem excedentes de produção e quem tem interesse em ter acesso a determinados produtos, mas sem gastar tanto, a startup já gerou R$18 milhões de receita incremental aos negócios parceiros, localizados em São Paulo, Grande ABC, Americana (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF).

Food To Save — Foto: Divulgação / EstúdioNômade
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