Após se entregar à Polícia Federal (PF), Eurípedes Júnior optou por ficar calado durante depoimento nessa quinta-feira (20). Ele, que estava na presidência do Solidariedade, foi alvo de uma operação que apura a suspeita de desvios de recursos dos fundos eleitoral e partidário do PROS, partido incorporado pelo Solidariedade em 2023.
A operação foi realizada em 12 de junho. Sem localizar Eurípedes no dia da ação, a PF chegou a pedir a inclusão do nome dele na lista vermelha da Interpol. O dirigente partidário, no entanto, decidiu se entregar voluntariamente. Ele foi preso no último sábado (15).
Após o episódio, o Solidariedade anunciou que Eurípedes havia pedido afastamento do cargo por tempo indeterminado. O partido, então, passou a ser comandado pelo vice-presidente, o deputado Paulo Pereira da Silva, mais conhecido como Paulinho da Força.
As apurações sobre os desvios no PROS começaram após uma denúncia de um ex-dirigente do partido, que acusou Eurípedes de desviar cerca de R$ 36 milhões.
Procurada, a defesa de Eurípedes confirmou que ele decidiu permanecer em silêncio durante o depoimento.