H� exatos dez anos, os Estados Unidos enfrentaram um dos maiores desastres naturais de sua hist�ria. A passagem do furac�o Katrina pelo sul do pa�s deixou um rastro de destrui��o, com mais de 1.800 mortos e um preju�zo recorde de US$ 108 bilh�es (R$ 385 bilh�es).
Nova Orleans, no Estado de Louisiana, foi a �rea mais afetada. Localizada abaixo do n�vel do mar, a cidade � protegida por diques e havia sido inundada pela �ltima vez em 1969.
Na manh� de 29 de agosto de 2005, quando o Katrina tocou o solo dos Estados Unidos com ventos de at� 193 quil�metros por hora (categoria 3 na escala Saffir-Simpson), os diques se romperam, deixando mais de 80% da cidade inundada.
"Todos que (...) quiseram sair do caminho desta tempestade puderam faz�-lo. Para alguns que n�o conseguiram, foi sua �ltima noite nesta Terra", disse em uma coletiva na tarde daquele dia o diretor de Seguran�a Interna de Nova Orleans, Terry Ebbert.
Embora o Katrina tenha sido um dos desastres naturais mais intensos a afetar os EUA, relat�rios oficiais apontam que a destrui��o provocada pelo furac�o foi maior devido � falta de investimento federal na constru��o dos diques.
As autoridades tamb�m foram acusadas de n�o dar o apoio necess�rio para as pessoas deixarem suas casas a tempo.
Dez anos depois, Nova Orleans ainda enfrenta desafios para se recuperar. A "nova" Nova Orleans � mais branca, e paga-se mais para viver nela. Os bairros afro-americanos em toda a cidade ainda passam por dificuldades, e o �ndice de homic�dios voltou a subir.
Nesta quinta-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, far� uma visita a Nova Orleans, onde far� um discurso elogiando a "resili�ncia" da cidade em sua reconstru��o.
Al�m disso, Obama deve aproveitar a visita para alertar sobre os perigos das mudan�as clim�ticas.
A arte interativa desta reportagem, elaborada pela Folha, mostra a cronologia dos acontecimentos relacionados ao Katrina e n�meros sobre a recupera��o de Nova Orleans.
Os v�deos desta reportagem tamb�m explicam como os furac�es se formam e o poder de destrui��o das diferentes categorias de furac�es.