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Uma garçonete inglesa chamada Jahnayde Henry, de 24 anos, ganhou um processo contra a ex-chefe que a mandou usar maquiagem para “disfarçar o cansaço e o aspecto pouco apresentável”. Na sentença, proferida no início de outubro, o juiz Andrew Glennie disse que a mesma orientação não teria sido dada a um funcionário homem, e classificou o episódio como “assédio sexual”. As informações são do The Telegraph.
Henry trabalhava no restaurante Tattu, na região do Soho, no centro de Londres. Críticos descrevem o estabelecimento, aberto em 2022, como “um local que as Kardashian gostariam de visitar”, com vistas panorâmicas da capital inglesa, segundo o Daily Mail.
De acordo com as informações do processo, Henry teve duas semanas de treinamento em março do ano passado, antes da inauguração do restaurante. A gerente do estabelecimento, Joanne Huang, foi descrita como “draconiana”, “rigorosa” e que “gosta de disciplina”. Os depoimentos colhidos ainda diziam que ela é “escrupulosamente justa”, mas que iria “irritar o funcionário todos os dias até ele melhorar”.
Na inauguração do restaurante, a gerente teria dito a Henry que sua voz soava “insípida”, e que ela devia tentar “animá-la” enquanto atendia os clientes. No dia seguinte, a garçonete teria ouvido que deveria ser mais eficaz se quisesse se manter no emprego.
A gerente negou que tenha dito à Henry para usar maquiagem para disfarçar o aspecto de cansaço e ficar “mais apresentável”. No entanto, o tribunal concluiu que o comentário havia sido feito, após ouvir depoimentos que afirmaram não ter sido a primeira vez que Huang mandava alguém usar maquiagem.
Segundo o processo, a garçonete pediu demissão após cinco dias de trabalho, saiu do local "aos pratos" foi "intimidada" por um gerente. Henry, que é uma mulher negra, processou o estabelecimento por racismo e assédio sexual.
O tribunal acolheu a segunda denúncia, e afirmou que a mesma orientação não teria sido dada se o funcionário fosse um homem. Também afirmou que isso criava um ambiente “humilhante” para a garçonete, com potencial de “minar a sua autoestima”. A indenização da garçonete ainda será decidida pelo tribunal.
