• Mariana Miranda em depoimento a Kizzy Bortolo
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"Me casei três vezes (Foto: Acervo pessoal)

“Durante a minha adolescência, conheci o meu primeiro namorado. Eu só tinha 13 anos e  namoramos durante quatro anos e meio. Aos 15 anos, engravidei do meu primeiro filho, Neto. Passamos mais dois anos juntos e depois, por pura imaturidade de ambos, terminamos nossa relação.

Com 18 anos, em outubro de 1999, assim que terminei esse namoro, conheci o meu marido, Fernando. Na época, ele era cantor e empresário de uma banda de pagode aqui em Recife, portanto ele vivia em festas, baladas e na noite. Depois de um tempo de paquera, começamos a namorar. De cara, me encantei por ele e com tudo que estava ao seu redor. Me apaixonei de verdade e, desde o início, já me imaginava casada. Sempre tive o sonho de me casar de véu e grinalda, como manda o figurino.

O início do namoro foi ótimo. Ele também parecia estar bastante apaixonado e eu, cada vez mais envolvida. Mas, com o tempo, ele começou a falar que os lugares que frequentava não eram ambientes para mim. Ainda muito nova, acabei aceitando calada. Ele vivia na noite e eu só em casa cuidando do meu filho, que ainda era pequeno nessa época. Nosso namoro foi ficando cada vez mais sério. Mesmo saindo pouquíssimo como casal e, em seus raros momentos de descanso, ele sempre dizer que estava cansado. Sempre submissa, estava disposta a investir nessa relação que já me parecia totalmente falida.

Brigamos muitas vezes por fofoca e indícios de traição, mas eu continuava insistindo. E, assim, se passaram oito anos nesse formato de relação. Até tínhamos momentos bons, claro, mas eu nunca participava de sua vida noturna. Depois de cobrar uma posição, resolvemos nos casar em junho de 2008, no civil, mas com direito a vestido de noiva dos meus sonhos, festa, vários convidados, tudo tal como eu sonhei. Pronto! Estava realizada e casada com o homem da minha vida!

Primeiro casamento de Mariana e Fernando (Foto: Acervo pessoal)

Segundo casamento de Mariana e Fernando (Foto: Acervo pessoal)

Depois de dois anos, comecei a querer ter um filho com ele, afinal já estávamos há 10 juntos. Insisti até ele ceder. Logo engravidei, e foi aí que começaram os meus grandes problemas. Agora, por conta da gestação, ficava ainda mais presa em casa e ele cada vez mais ‘livre, leve e solto’, envolvido com o pagode, as noitadas e a bebida. Apesar de trabalhar durante a semana (ele era gerente de vendas de uma grande empresa), sua vida nos fins de semana era na rua, curtindo com os amigos como se ainda estivesse solteiro. Nossa relação ficou péssima. Já não era mais a ‘Barbie’ dele e sim 'a mulher grávida e chata' -- nas palavras dele.
 

Para minha total frustração, fui notando mudanças bruscas em seu comportamento e, aos oito meses de gravidez, desconfiei que ele estava envolvido com uma outra mulher. Para meu total espanto, descobri a traição, nas vias de fato, dias antes de eu ter o meu filho que, inclusive, nasceu uma semana antes do previsto por causa de todo esse estresse. Fiquei arrasada! Só sabia chorar. Mas, como havia acabado de ter um bebê, que chamamos de Fernandinho, resolvi continuar na relação e perdoar. Era agosto de 2010.

Ainda tentamos ficar juntos, mas, de fato, não deu mais. Era insustentável naquele momento. E foi quando nós nos separamos pela primeira vez. A gente se divorciou, no papel e tudo, diante do juíz. Foi uma dor física, parecia que algo tinha sido arrancado de dentro de mim. Horrível! Me lembro que, nessa época, eu definhei. Perdi 18 quilos em apenas dois meses, cheguei ao fundo do poço. Meu leite até secou. Mas, tinha um bebê que dependia totalmente de mim, precisava seguir adiante. 

Arrumei forças não sei de onde, mas decidi me afastar de tudo que me ligava a ele. Fui me tratar, entrei na terapia, saí de todas as redes sociais só para não ter que vê-lo bem e feliz, busquei ajuda espiritual... E, assim, aos poucos, fui me reerguendo. Com ajuda da minha família e dos amigos mais próximos, segui a vida. Foquei nos meus dois filhos e no meu trabalho. Comecei a sair um pouco mais, conheci gente nova, voltei a viver. 

Até que, em dezembro 2011, meu pai descobriu um câncer. Foi um baque grande. E, como a gente ainda se falava por conta do nosso filho e eu estava sozinha, às vezes desabafava com o meu então ex marido. Foi um período difícil da minha vida. Sabia que meu pai iria falecer em pouco tempo e eu perderia o meu porto seguro. Me sentia ainda mais sozinha e perdida. Nesse momento, até tentamos algumas aproximações, mas as mágoas, de ambos os lados, eram grandes. 

Em dezembro de 2012, o Fernando me procurou. Tivemos uma conversa franca, mas ainda não estava pronta para voltar. Me lembro que fui ríspida, imatura e ele não aceitou as minhas condições para tentarmos um flashback. E, para minha total surpresa, em pouco tempo, o danado já estava noivo, exibindo as alianças para todos. Mais uma decepção. Eu nunca deixei de amá-lo. Fato! Foi outro baque, um atrás do outro.

Em janeiro de 2013 meu pai começou a piorar ainda mais e, em março do mesmo ano, faleceu. E foi nesse dia que eu e Fernando nos reaproximamos de verdade. Ele foi muito solidário, ficou comigo até o meu pai ser enterrado. Mesmo já estando noivo de outra, cuidou de mim. Ali, percebi que ainda existia amor entre a gente. Mesmo arrasada por conta da morte do meu pai, me acendeu um pingo de esperança no coração.

Dias depois, ele me ligou e perguntou como eu estava. Aos poucos, foi se chegando, se reaproximando de mim e do nossos filho e decidimos que, enfim, íamos nos permitir tentar de novo. Acontece que, nesse momento, existia uma terceira pessoa que tinha entrado nessa história sem saber o enredo: a tal noiva. E ele, que já estava de casamento marcado com a fulana, com várias parcelas já pagas para a cerimônia e a festa, foi decidido e terminou o romance. Yes! Vibrei e comemorei por ter o meu marido de volta! E nunca mais ouvimos falar da dita cuja.

Em julho de 2013, voltamos a morar juntos na nossa casa. Fernandinho, que ainda ia fazer três anos, ficou felicíssimo. Meu primeiro filho, que sempre o considerou seu pai, também. Estávamos, enfim, todos juntos de novo. Dispostos a experimentar uma nova vida. E assim seguimos como uma linda família. Ele continuava na banda de pagode e no mesmo emprego, mas, dessa vez, me posicionei e passei a ir em todos os shows. Fazíamos tudo juntos, como um casal de verdade. Como havia me tornado mais espiritualizada, comecei a frequentar a igreja. E ele também passou a me acompanhar. Parecia, de fato, estar mudado.  

Já se iniciava o ano de 2014 quando fomos solidificando a nossa relação. Todos achavam a nossa família linda, nós saíamos e curtíamos juntos, fazíamos programas de família... Tudo parecia estar se encaixando e se ajeitando. Nessa ocasião, Fernando queria ter outro filho, mas fiquei um tanto receosa. Minha última gestação havia tão sido conturbada... Me sentia insegura. Então, fui trabalhando isso na minha cabeça, até que decidi engravidar em 2015.

Esse também foi um período um tanto complicado. Fernando, que era tão alegre e alto astral, entrou em depressão e uma das ajudas que ele buscou foi em um encontro espiritual que havia na igreja que nós frequentávamos. Sua melhora foi rápida e, pouco depois, ele me pediu em casamento pela segunda vez -- estávamos divorciados, até então.

Empolgada, comecei a organizar tudo. Foi quando engravidei. Já com uma barriguinha tímida, nos casamos novamente no civil e também no religioso, mas agora numa cerimónia íntima para os nossos amigos e familiares. E foi tudo lindo, com direito a um novo vestido de noiva e uma nova festa, só que agora um pouco menor e mais reservada. Tudo estava lindo, perfeito, mesmo com o Fernando ainda com resquício de depressão. 

Segundo casamento de Mariana e Fernando (Foto: Acervo pessoal)

Primeiro casamento de Mariana e Fernando (Foto: Acervo pessoal)

No início da minha gravidez, teve o surto de zika vírus aqui no Nordeste. Fiquei muito estressada com essa situação e comecei a não querer mais sair de casa, por puro medo. Não queria que nada de mau acontecesse com o meu bebê. O Fernando se mostrava compreensivo, mas, por outro lado, novamente me vi sozinha por diversas vezes durante a gestação. Havíamos combinado que ele reduziria os shows nesse período e no pós parto. No início, ele cumpriu o combinado. Mas depois desandou mais uma vez. 

Aos quatro meses de gravidez, tive uma conversa franca com o meu filho mais velho, que ainda era um adolescente, e ele me contou que era gay. Fiquei em choque! Nunca fui preconceituosa em relação a isso, mas imagina uma mulher grávida, já ansiosa com tudo ao seu redor e ainda receber essa notícia de supetão. Chorei por vários dias, mas não podia e nem iria jamais abandonar o meu filho. De preconceito e exclusão já basta o mundo. Por conta da gravidez, precisei tomar um calmante natural. Estava num nível de ansiedade e estresse muito alto, e não podia prejudicar o meu bebê.

Aos oito meses de gestação, entre abril e maio de 2016, Fernando foi retomando os shows com sua banda, quebrando totalmente o acordo que nós havíamos feito quando nos casamos pela segunda vez. Vi um filme passar de novo pela minha cabeça e previ que teria problemas futuros. E não soube lidar com isso. Já estava afastada da igreja que frequentava e não procurei ajuda psicológica. Não queria sair de casa com medo do surto de ‘zika’, e acabei me aconselhando com pessoas que não tinham nada de bom para me falar. Gente que só me colocava pra baixo usando como exemplo o nosso passado, que tinha sido um fracasso.

Nessa altura do campeonato, Fernando já não tinha mais tanta paciência comigo. Só queria saber de trabalhar, treinar Jiu Jitsu e, nos fins de semana, sair para noitada para tocar com os amigos. Praticamente não nos víamos. Quando chegava, eu já estava dormindo. De manhã, saía para trabalhar e nos dias de folga se dizia cansado. Olha o ‘repeteco’ e eu ali sozinha de novo. Chegou o final da gravidez, marquei o parto e me lembro que, dois dias antes, ele chegou em casa bêbado. Era uma madrugada de domingo para segunda. Minha intuição já me alertava que eu ia ter problemas, mas dessa vez eu não deixei que nada interferisse no nascimento do meu bebê.

No dia primeiro de junho de 2016, nasceu meu terceiro filho, Mateus. Tudo correu bem. Era um menino sadio e gordinho. Depois de quatro dias que eu já estava em casa, tivemos que voltar para o hospital e passei mais dois dias lá com Mateus fazendo banho de luz, pois ele estava com icterícia, algo comum em alguns recém nascidos. Mas foi só um susto, deu tudo certo. Voltamos pra casa, nos adaptando a ter um novo membro na família. Fernando, mais uma vez, não era um pai participativo e não entendia nada de bebês. Continuava levando a vida dele normal, não acordava de madrugada para me ajudar, achava que eu tinha que dar conta de tudo sozinha. Eu, por outro lado, esperava muito mais dele como pai e marido, até porque ele já tinha errado uma vez e tinha obrigação de estar mais maduro agora. E eu não sabia lidar com a situação, só cobrava, cobrava...

Penso que, quando nasce um filho, também nasce uma mãe, mas nem sempre nasce um pai. E, claro, começaram novos conflitos no meu casamento. Ele entrava em casa e eu só reclamava. Não saíamos com o bebê para canto nenhum. A vida dele se resumia em Jiu Jitsu, banda, noitadas e o trabalho.

Até os três meses do Mateus, praticamente não coloquei o pé na rua. Vivia só para os meus três filhos. Um certo dia, deixei o bebê com a babá e fui acompanhá-lo no pagode. Minha sobrinha estava comemorando o aniversário lá e resolvi prestigiar. Meu sinal de alerta logo acendeu quando o vi descendo do palco onde tocava e indo cumprimentar uma mulher, antes mesmo de vir falar comigo, que havia chegado depois de o show ter começado. Achei estranho e comecei a ficar encucada, desconfiada. E ele sempre na rua.

Mais uma vez minha intuição não havia falhado. Tive uma crise de ansiedade que já tinha virado uma depressão pós parto, mesmo sem eu saber. E como vivia mais sozinha do que tudo, não tinha ninguém pra me alertar. Dizia para as pessoas próximas que me visitavam que estava tudo bem. O único que podia me ajudar naquele momento não estava atento. Lembro que por várias vezes falei que não estava dando conta de tudo. Ele apenas dizia que eu estava de licença maternidade para isso, cuidar e dar conta das crianças. Eu estava exausta!
 

Em novembro de 2016, já mega desconfiada, peguei uma ligação daquela tal mulher que ele cumprimentou no pagode no celular e tivemos uma briga daquelas. Ele, mais uma vez, negou qualquer vínculo com a mulher e seguimos. Mas, a pulguinha atrás da minha orelha não me deixava em paz.

Em seguida, minha licença maternidade acabou. Foi um momento bem difícil, estava numa fase péssima, deprimida e voltar ao trabalho não foi nada bom. Não conseguia focar e desempenhar bem o meu papel, como sempre fiz. Logo após passar a estabilidade, fui demitida. No dia seguinte, tive uma crise de pânico e fui parar no hospital. Me recordo que a minha cabeça deu um verdadeiro nó, devido a tantas adversidades e mudanças. Decidi procurar um psiquiatra e comecei o tratamento para depressão. Isso já era no fim de 2016.

Minha relação estava indo de mal a pior e, já no início de 2017, peguei outras ligações da mesma mulher do pagode no telefone dele. Aí não aguentei mais, resolvi me separar. Independentemente de se confirmar ou não a traição de fato, percebi que já havia um envolvimento emocional entre eles. E já não era a primeira vez. Fernando queria mesmo ter sua vida de solteiro de volta. Coloquei ele pra fora de casa e isso o deixou altamente revoltado. Não acreditava que tudo aquilo estava acontecendo comigo de novo. Comecei a me culpar, fiquei perdida. E lá estava eu, novamente, sozinha. Agora com um bebê no colo, um filho pequeno, outro adolescente, desempregada e ainda com depressão.

Dessa vez achei que não daria conta, mesmo com a minha família me dando total suporte. Achava que nunca ia ser feliz, que nunca ninguém me respeitaria, me amaria... Que aquilo era um carma e teria de suportar. Dessa vez, até que o Fernando foi mais discreto e não apareceu com ninguém publicamente. Mas sei que sozinho ele nunca estava. Era namorador casado, que dirá solteiro!

Foram meses difíceis. Tive que me mudar para uma casa menor e, em abril de 2017, arrumei um novo emprego. Assim, podia reestabelecer a minha vida. Comecei a respirar de novo, a me sentir viva e útil novamente. Voltei a reencontrar os amigos, a sair de casa e a conhecer pessoas novas. O novo emprego me trouxe uma outra realidade e deu uma nova cor à minha vida. Desafios foram lançados, me senti valorizada, competitiva no mercado de trabalho e, aos poucos, a vida foi se ajeitando. Voltei a frequentar a igreja e lá fui buscando fortalecer meu lado espiritual.

Nessa mesma época, o Fernando estava frequentando a mesma igreja e todos lá comentavam da mudança e evolução dele, mas eu não conseguia enxergar nada de diferente em seu comportamento. Mas ali, aos poucos, começou uma nova reaproximação entre a gente. Tivemos muitas conversas sinceras e até uma tentativa frustrada de volta, que não evoluiu e acabou nos causando ainda mais sofrimento. Já não acreditava mais na nossa relação. Eram muitas mágoas de ambas as partes, meu coração estava dilacerado, machucado.

Comprovado isso, em janeiro de 2018, resolvemos nos afastar de vez e ele pediu o divórcio. Pela segunda vez, demos entrada nos papéis com nosso advogados e nos separamos de forma definitiva. Ninguém mais acreditava na nossa relação. Nem eu. Sabia notícias dele por amigos em comum. Soube que ele havia saído da banda e estava se dedicando à igreja. Achei ótimo, mas, no fundo, ficava triste por isso não ter acontecido antes, quando ainda estávamos juntos. Até o momento, ele não havia assumido ninguém e eu também não. Pensei várias vezes que minha vida dali em diante seria realmente sozinha, que não teria mais um relacionamento concreto. Depois de tanta desilusão e confusão, só queria paz!

Numa manhã, fui conversar com meu advogado para falar do divórcio e ele também foi. Já estava tudo certo, a minuta pronta, só faltava assinarmos. Mais uma vez, fiquei péssima. Já era abril de 2018. Pensava: ‘Vai doer, mas é necessário’. Precisávamos seguir nossas vidas.

Até que no dia sete de maio de 2018 (não me esqueço dessa data ), depois de estar com tudo já encaminhado na justiça para oficializarmos o divórcio, certa de que esse ciclo se encerraria de vez, Fernando me ligou dizendo que queria ter uma última conversa comigo. Aceitei ouvi-lo. Nesse mesmo dia, me lembro que chorei a manhã inteira. Quando o telefone tocou e eu vi que era o número dele, confesso que até pensei que era algo de ruim. Mas ele propôs de a gente se encontrar naquela mesma tarde.

Marcamos num café perto do meu trabalho, e conversamos dentro do carro dele. Ele me disse que não conseguia viver sem mim. Foi um papo rápido, mas verdadeiro. Ali, senti que podia ser diferente. Mesmo muitas vezes mentindo pra mim mesma, nunca havia deixado de amá-lo, e comecei a amolecer meu coração. Tivemos várias conversas depois daquela, ainda queria ter a plena certeza do seu arrependimento.

No fim de semana do meu aniversário, Fernando foi até a minha casa e pintou um clima.
A partir dali, fomos retomando contato, nos aproximando, até que decidimos colocar uma pedra no passado e recomeçar, de coração aberto e dispostos a nos perdoar e deixar tudo que passou pra trás. Tinha até vergonha de contar para os outros da nossa reaproximação, afinal, já era a terceira vez que isso acontecia... Acho que ninguém mais acreditava na nossa relação. Mas, com ajuda de amigos, terapeutas e os pastores da nossa igreja decidimos cortar o mal pela raiz e olhar só pra frente!

Voltamos a morar juntos em julho de 2018, sem festas ou comemorações como nas outras duas vezes, e hoje estamos numa configuração diferente. Moramos com os meus sogros e os nossos filhos. Passamos a ter mais paciência um com o outro, frequentamos a igreja todos os domingos, trabalhamos no ministério religioso de casais e ele passou até a tocar nos cultos.

Acabou esse lance de noitadas, bebedeiras e de banda de pagode. Aprendemos com o nosso passado. Hoje, servimos de exemplo para outros casais. Até testemunho sobre a vida dele o Fernando já deu na igreja. Nossa vida mudou muito, nossos filhos estão mais felizes... Passamos os finais de semana colados um no outro. Passei a curtir e incentiva-lo no Jiu Jitsu, a ir nos campeonatos e tudo. Agora posso dizer que somos de verdade uma família!

Atualmente, com 37 anos, me tornei uma mulher mais segura, madura, confiante. Continuo firme no meu emprego e já até fui promovida. Posso dizer que estou realizada em tudo. Meu filho mais velho já está no sétimo período de medicina e me dá muito orgulho. Também passei a aceitá-lo como ele, de fato, é. Sou uma mulher renovada e mais forte! Acredito que com fé, perdão e muito amor tudo se resolve, tudo se consegue, se chega além. Tenho a plena certeza de que as pessoas podem sim mudar, basta que estejamos prontos também para aceitar e acreditar nessa mudança!”

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