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Calcinha (Foto: Getty Images)

Usar calcinhas feitas em algodão são a melhor opção para a saúde íntima (Foto: Getty Images)

Você sabe se a sua vagina está saudável? Falar sobre saúde íntima é importante para saber quais práticas adotar - ou abandonar - para evitar problemas e desconfortos lá em baixo. Por exemplo, você sabia que, entre todos os tecidos disponíveis para a calcinha, o algodão é o mais indicado? Ou que o sabão que você usa para lavar a peça pode influenciar na saúde da vagina? Para te ajudar a saber algumas das medidas essenciais, elaboramos uma lista com cinco dicas. Dá uma olhada!

Nada de sabonete na vagina - só na vulva!

A vagina, que é a parte interna da região íntima, possui uma flora bacteriana própria e, por isso, o canal vaginal consegue se limpar sozinho, já que produz secreções. Por essa razão, é importante não introduzir nenhum tipo de sabonete ou tentar higienizar a área com a ducha do chuveiro, porque isso pode causar infecções. Já a parte externa, chamada de vulva, deve ser higienizada com sabonete e água corrente, levando em conta que o enxágue abundante é importante para evitar resquícios de impurezas.

Qual sabonete usar?

Para fazer a limpeza da parte externa, é importante usar um sabonete adequado para a região. Os sabonetes em barra comuns, por exemplo, não são indicados para serem aplicados na vulva, porque o seu pH alcalino pode destruir a camada superficial de gordura da pele. Isso pode promover uma secura excessiva, chamada de “efeito sabão”, de acordo com o Guia de Higiene Feminina, desenvolvido pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
“Preferencialmente, a lavagem deve ser feita com syndets - também chamados de sindéticos ou dermatológicos -, os quais chamamos de sabões sem sabão, porque evitam o ‘efeito sabão’ e não retiram a camada gordurosa protetora da pele e principalmente da mucosa”, explica a ginecologista Flavia Tarabini, da clínica Dr. André Braz. Ela ainda conta que os sabonetes íntimos, por mais que tenham essa nomenclatura generalizada, não são todos iguais, já que alguns são mais hidratantes e outros feitos para peles sensíveis, por exemplo. Por isso, ir ao médico para checar qual é o tipo ideal de uso para o seu caso específico é o ideal.

Cuidado quando for lavar a calcinha

É importante dedicar atenção à lavagem de calcinhas. “De preferência, a higienização deve ser realizada com produto não alergênico, como sabão de coco, por exemplo”, explica Flavia. Usar sabão em pó ou amaciante pode provocar alergias na vulva, por conta das substâncias químicas presentes em sua composição. Também é importante que as peças íntimas sequem muito bem, em local arejado, para evitar a proliferação de microrganismos por conta da umidade. Então, nada de lavar a calcinha durante o banho e deixá-la secando no banheiro, certo?

O algodão é o seu aliado

O algodão é um tecido leve que impede que a pele fique abafada ao longo da transpiração que acontece durante o dia, evitando infecções, alergias ou coceiras. “A calcinha feita com algodão ajuda a evitar a proliferação de fungos na região íntima. Está tudo bem optar por outros tecidos, eventualmente. Entretanto, é importante lembrar que ter, ao menos, o forro de algodão já confere menor chance de persistência de umidade local”, diz a médica.

Deixe a vagina respirar!

Ao longo do dia, a região íntima não recebe muita ventilação, já que além da calcinha, ela fica tampada com a roupa da parte de baixo. Se você transpira bastante ou usa calças e shorts muito apertados, ela pode ficar mais abafada ainda. Caso a vagina não seja arejada, ela se torna uma área propícia para o acúmulo de secreções e o aumento de bactérias e fungos, o que pode gerar infecções como a candidíase. Por isso, deixar a vagina livre durante à noite, sem calcinha ou outra barreira que a impeça de respirar é super saudável, além de ser confortável.