Pesquisadores de Israel e da Suíça mapearam a exposição de cerca de 33.600 espécies de vertebrados terrestres a eventos de calor intensos em três cenários de emissões de gases do efeito estufa: alto, moderado e baixo.
Publicado no periódico Nature na última quarta-feira (18), o artigo prevê que 41% das espécies experimentarão eventos térmicos extremos em cenários de altas emissões até 2099. Em metade das áreas terrestres do planeta, o aumento da temperatura será de 4,4 °C.
Em cenários nos quais a emissão é de intermediária para alta, com aquecimento previsto de 3,6°C, e nos de emissões baixas, com acréscimo esperado de 1,8°C, os percentuais devem cair: em vez de 41% de espécies afetadas, seriam 28,8% no aquecimento de 3.6ºC e de 6,1% no de 1,8ºC.
Atualmente, esses períodos em que a temperatura excede um limite histórico têm ocorrido com frequência e são exacerbados pelas mudanças climáticas causadas pela atividade humana.
Segundo os autores, esses fenômenos afetam não somente os animais, mas também estão associados a estresse psicológico, redução da fertilidade e diminuição do tamanho da população.
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