Sociedade

Por Redação Galileu

Em 2022, Rússia e Ucrânia entraram em uma guerra territorial e política e, dentre os vários territórios invadidos por tropas russas, estava o de Chernobyl. Os soldados adentraram a famosa “Zona de Exclusão de Chernobyl”, que compreende a área radioativa de 2.600 quilômetros quadrados, em 24 de fevereiro de 2022 e permaneceram em posição de ataque até 1º de abril do mesmo ano.

Por mais que visitas sejam recebidas no local, algumas regras de segurança têm de ser obedecidas, como o uso de mangas compridas, não mexer no chão e evitar a “floresta vermelha”, árvores num raio de 10 km em torno da central nuclear de Chernobyl. As árvores e o solo dessa área absorveram grandes quantidades de material radioativo da Usina Nuclear, seja pela precipitação radioativa depois da explosão ou pela poeira do reator.

A necessidade de haver normas de segurança está envolvida com o acontecimento de 26 de abril de 1986, quando o reator 4 da Usina Nuclear de Chernobyl entrou em colapso. O que resultou em uma explosão catastrófica que enviou material irradiado para a atmosfera e por toda a Europa. A limpeza da área é estimada para terminar em 2065.

As precauções não foram tomadas pelas tropas russas. Pois há registros de drones que comprovam que os soldados invasores cavaram trincheiras no chão da floresta, perturbando o solo e a vegetação local e ficando a um raio de seis milhas do reator nº 4. De acordo com o jornal The Independent, eles também pescaram bagres no canal. Os peixes da lagoa de resfriamento da usina são conhecidos por serem anormalmente grandes, entretanto, não se sabe se o motivo do tamanho é a radioatividade.

Em maio de 2023, veículos de imprensa do mundo todo começaram a alegar que as tropas russas que deixaram o local em 1º de abril de 2022, estão adoecendo por conta da exposição desnecessária aos elementos radioativos. Segundo o The Independent, diplomatas afirmam que soldados que saíram de caminhões da área desenvolveram doenças.

Uma reportagem da revista Times expõe que os ucranianos locais que se recusaram a evacuar a área até alertaram os soldados sobre os perigos de fazê-lo, mas eles continuaram. Supostamente a tropa sabia dos riscos, mas os russos eram “apenas grossos”, disse um morador, e ignoraram.

Ainda não se sabe se os soldados, de fato, sabiam dos perigos que a sua estadia de cinco semanas na área poderiam causar. Os sintomas de doenças provindas de radiação podem começar dentro de uma hora após a exposição, podendo durar vários meses, muitas vezes resultando em morte por complicações hematológicas, gastrointestinais, neurológicas, pulmonares e em outros órgãos.

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