Saúde

Por Redação Galileu

Pesquisadores do IIT desenvolveram uma bandagem com materiais vegetais e biodegradáveis com vitamina C, que acelera a cicatrização de queimaduras. Essa proteção bloqueia a inflamação excessiva e reduz os radicais livres, degradando-se naturalmente.

Esse estudo foi desenvolvido pelo Istituto Italiano di Tecnologia (Instituto Italiano de Tecnologia) e publicado em 26 de julho de 2023 na revista ACS Applied Bio Materials. "Esta é apenas uma das possíveis aplicações para essa categoria de materiais inteligentes", afirma Athanassia Athanassiou, coordenador do estudo e investigador principal da Unidade de Materiais Inteligentes do IIT, em comunicado.

Os resultados indicam que a bandagem pode ser usada para tratar diversos tipos de lesões na pele, como lacerações e úlceras, oferecendo uma alternativa sustentável aos remendos tradicionais. Após uma queimadura, a inflamação natural pode gerar radicais livres que prejudicam a cicatrização, mas esse curativo ajuda a controlar o processo.

Esse produto ecológico se degrada naturalmente em poucos dias, o que reduz as preocupações com a geração de resíduos adicionais. O material desenvolvido pela equipe é biodegradável, que consiste no uso das substâncias: zeína, uma proteína do milho; pectina, um açúcar encontrado na casca de frutas, como a maçã; e lecitina de soja, proveniente da planta de mesmo nome.

Maça e milho estão entre os ingredientes usados pela equipe — Foto: IIT-Istituto Italiano de Tecnologia
Maça e milho estão entre os ingredientes usados pela equipe — Foto: IIT-Istituto Italiano de Tecnologia

A composição resultou em uma bandagem de textura porosa e impregnada vitamina C, conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Quando o paciente coloca o curativo na queimadura, se libera gradualmente essa vitamina, estabilizando os níveis de inflamação e mitigando a produção de radicais livres.

"Para esta bandagem, começamos com a ideia de usar apenas materiais de origem natural, mas agora gostaríamos de ir ainda mais longe", diz Fabrizio Fiorentini, pesquisador do laboratório de Materiais Inteligentes. "O objetivo será criar um produto muito semelhante, mas usando substâncias derivadas de resíduos alimentares para atender ao conceito de economia circular."

Quando a equipe examinou os resultados em laboratório, observaram que o material criado reduziu em 50% os níveis de moléculas ligadas à inflamação e até 70% o número de radicais livres de oxigênio. Além de descobrirem um aumento na produção de colágeno e no número de fibroblastos, células importantes na cicatrização da pele.

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