Saúde

Por Redação Galileu

A morte do cantor gospel Pedro Henrique na noite dessa quarta-feira (13) causou espanto no Brasil todo. O artista passou mal durante um show em Feira de Santana, na Bahia. O óbito foi confirmado hoje (14) por sua gravadora, Todah Music, em uma postagem no Instagram. A causa da morte foi anunciada como infarto fulminante.

"O segmento da música cristã está de luto. A família Todah Music está de luto. O céu em coro recebe um filho ilustre: Pedro Henrique! Até breve, querido irmão! Até breve!", diz a publicação, que cita o cantor como "um jovem alegre, amigo de todos, filho único, esposo presente e um pai super dedicado".

A morte do ícone gospel choca por ser tão prematura: Pedro Henrique tinha apenas 30 anos de idade.

O artista deixa a esposa, Suilan Barreto, e filha, Zoe. Ele havia realizado o sonho de ser pai em 19 de outubro, quase dois meses antes de sofrer o ataque cardíaco fatal.

O que causa infarto fulminante?

Infarto fulminante é um termo popular utilizado normalmente para descrever que um paciente que faleceu de forma repentina. Médicos consideram que mortes súbitas são aquelas ocorridas dentro de 24 horas após os primeiros sintomas surgirem.

Um infarto, também chamado de ataque cardíaco, "é a morte de células do músculo do coração devido à formação de coágulos que interrompem o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa", segundo o Ministério da Saúde.

O cantor gospel Pedro Henrique — Foto: @pedrohenrique.oficial/Instagram/Reprodução
O cantor gospel Pedro Henrique — Foto: @pedrohenrique.oficial/Instagram/Reprodução

O quadro pode acometer diversas partes do coração, dependendo da área que foi obstruída. Mas, em casos raros, o infarto pode acontecer por contração da artéria ou por desprendimento de um coágulo vindo de dentro do próprio órgão cardíaco e que se aloja no interior dos vasos.

Os fatores de risco para um infarto incluem tabagismo, sedentarismo, alimentação ruim, colesterol alto e estresse em excesso. Diabéticos e hipertensos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer esse problema cardíaco.

Sintomas de infarto fulminante

Os principais sinais de um infarto são dor ou desconforto prolongados e intensos na região peitoral, podendo chegar até as costas, rosto, braço esquerdo e, raramente, braço direito.

Essa dor é acompanhada de sensação de peso ou aperto sobre o tórax, provocando suor frio, palidez, falta de ar e sensação de desmaio.

O infarto também pode ocorrer sem sinais específicos em diabéticos e idosos. Por isso, o Ministério da Saúde aconselha que esses grupos estejam sempre atentos a qualquer mal-estar súbito.

Aumento da incidência em jovens — e, principalmente, em mulheres

Nos últimos 15 anos, os casos de infarto registrados por mês no Brasil mais que dobraram. Já a média mensal de internações decorrentes subiu quase 160% no mesmo período – e, entre jovens de até 30 anos, o crescimento foi 10% acima da média. É isso o que revelou um levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) divulgado pelo G1 em julho.

Números de infartos entre adultos com menos de 40 anos também vêm crescendo nos Estados Unidos. Apesar disso, uma pesquisa realizada em janeiro pelo Centro Médico Wexner da Universidade Estadual de Ohio mostra que a maioria dos jovens não está preocupada. O estudo avaliou 2 mil estadunidenses com 18 anos ou mais, revelando que 47% das pessoas com menos de 45 anos não acham que correm risco de doenças cardíacas.

Além disso, um terço de todos os adultos entrevistados disse que não saberia com segurança se estava tendo um ataque cardíaco.

E a crença de que problemas no coração são “coisa de homem” nunca esteve tão equivocada. Conforme um estudo de 2020 com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o número de mortes por doenças isquêmicas, como o infarto do miocárdio, vem aumentando especialmente nas mulheres mais jovens. Já a predominância de doenças cardiovasculares também é muito maior nas mulheres entre 15 e 49 anos.

Em simpósio da SBC sobre o tema, Roxana Mehran, do Instituto Cardiovascular Zena and Michael A. Weiner, apontou que a sobrevida depois do infarto é de 8,2 anos para homens e apenas 5,5 anos para mulheres. Esses dados foram levantados por um relatório de 2021 da Associação Americana de Cardiologia.

"Elas sobrevivem menos tempo", observou Mehran. "Nos indivíduos que infartaram, a porcentagem de ser recorrente é de 17% para homens e 21% para mulheres, e são as jovens que necessitam da nossa atenção”.

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